Greve no Hospital Universitário e na Maternidade Escola da UFC é encerrada após acordo com o TST
Hospital Universitário e da Maternidade Escola da UFC estavam com funcionamento comprometido por conta da paralisação
A greve nos hospitais universitários federais foi encerrada, nesta quinta-feira (9), após a homologação de um acordo coletivo entre o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), instituição responsável pela gestão das unidades.
De acordo com o TST, o acordo foi construído em mediação pré-processual desde a segunda-feira (6), quando teve início a paralisação. Segundo o vice-presidente do órgão, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, a decisão conjunta restabelece a normalidade do atendimento nas unidades.
O TRT divulgou ainda os principais pontos do acordo estabelecido. São eles:
- alteração da data-base para 1º de junho de 2025
- no período 2024/2025, reajuste de 3,09% sobre salários e benefícios, correspondente a 80% do INPC;
- no período 2025/2026, reajuste de 100% do INPC;
- redução da cota-parte do auxílio-transporte de 6% para 5% para ocupantes de cargo de nível médio e técnico;
- auxílio-alimentação de R$ 800 e, a partir de março, de R$ 1 mil;
- auxílio-creche de R$ 484,90;
- assistência médico-odontológica de 190,65;
- manutenção das cláusulas sociais;
- encerramento da greve às 18h de hoje (8);
- compensação de 50% dos dias de paralisação.
O Diário do Nordeste acionou o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Ceará (Sintsef-CE) e a Ebserh sobre o caso. Roberto Luque, coordenador Geral do Sintsef, revelou que nesta quinta-feira (9), foram realizados assembleias em todo o país. "Os empregados e empregadas da Ebserh, que trabalham no Hospital Universitário Walter Cantídio e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, avaliam que as suas reivindicações não foram atendidas a contento. A partir da manhã desta sexta-feira (10), os trabalhos no Hospital Universitário Walter Cantídio e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, voltam a funcionar normalmente", disse.
PARALISAÇÃO NO CE
Por conta da greve, o funcionamento de setores importantes do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), centros cirúrgicos e emergências, por exemplo, estava comprometido.
Os profissionais das unidades reivindicavam valorização, melhoria nas condições de trabalho, reestruturação de carreiras e reajuste salarial, considerando os índices da categoria. Segundo o Sintsef-CE, na última reunião, a Ebserh chegou a propor o reajuste mínimo de 2,15%, mas os trabalhadores pediam ao menos 14,7%, além de benefícios como auxílio-alimentação.
Com a paralisação, ficam afetados os serviços feitos por profissionais como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e funcionários do setor administrativo. No entanto, embora reduzido, o atendimento ao público segue mantido.