O casal de turistas que morreu na madrugada desse sábado (27), em um incêndio registrado em um hotel na Praia de Iracema, em Fortaleza, era proprietário de uma empresa de metalúrgica na Paraíba.
Além de Tarcísio Pires Silva e Karina Carla Silveira Sposito, a cadela do casal também morreu em meio às chamas.
Karina e o animal de estimação foram encontrados carbonizados. Já Tarcísio teria ficado preso à cortina do quarto e caído do 10º andar.
"Ele tentou se segurar pela cortina, com corpo do lado de fora, mas tinha muita labareda e ele não se segurou. Acho que o fogo começou a queimar ele e ele se soltou", afirmou uma testemunha à TV Verdes Mares (TVM).
Segundo o Comando de Engenharia de Prevenção de Incêndio (Cepi) do Corpo de Bombeiros do Ceará, o hotel tinha certificado válido, ou seja, apresentava as condições de segurança exigidas para funcionar.
O órgão informou ao Diário do Nordeste, neste domingo (28), que as autoridades ainda não sabem o que ocasionou as chamas e o caso é investigado pela Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) da Polícia Civil.
Os laudos periciais também ainda serão produzidos pela Perícia Forense do Estado.
Donos de empresa
O perfil da empresa T&K Indústria Metalúrgica publicou uma nota de pesar pela morte dos proprietários.
"Perdemos não apenas líderes exemplares, mas, também, amigos queridos que sempre nos inspiraram com sua dedicação, integridade e humanidade", escreveram os representantes do negócio.
A nota informou ainda que a empresa, com sede em Campina Grande (PB), e especializada em gôndolas e aramados, deve continuar com os trabalhos e manter o legado dos donos.
O incêndio
De acordo com informações preliminares, as chamas começaram por volta de 1h40min de sábado. As vítimas chegaram a pedir socorro aos outros hóspedes na sacada do apartamento, mas as chamas já haviam se alastrado pelo imóvel.
A TVM apurou ainda que os hóspedes foram realocados para outras pousadas e hotéis próximos. Alguns tiveram ferimentos leves por caírem enquanto corriam pelas escadas e corredores do local, mas nada mais grave.