STF tem segurança reforçada com drones e policiais para fase decisiva do julgamento de Bolsonaro
A Praça dos Três Poderes está fechada, e agentes realizam varreduras no público e em locais como a casa dos ministros da Primeira Turma
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta terça-feira (9), o julgamento do "núcleo 1" ou "núcleo crucial" da trama golpista, em Brasília, com o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os réus. Visando preservar a ordem, a Corte mantém o esquema de segurança reforçada da primeira semana de sessões, que inclui o uso de drones, policiamento extra e cães farejadores.
O julgamento deve se estender até sexta-feira (12).
A previsão, conforme o jornal O Globo, é que as medidas especiais de segurança permaneçam pelas duas próximas semanas após o fim das sessões, devido à posse do novo presidente do Tribunal, o ministro Edson Fachin, agendada para 29 de setembro.
O esquema inclui o fechamento da Praça dos Três Poderes, com policiamento ampliado nas vias de acesso ao local e à área central. Os principais prédios, como o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o STF, estão cercados por grades.
A tropa de choque da Polícia Militar, do Bope e do COT da Polícia Federal auxiliam a ordem, assim com agentes da Polícia Judicial e de outros quatro tribunais deslocados para Brasília.
Uma Célula Presencial Integrada de Inteligência está instalada para compartilhar informações e ações preventivas, como o monitoramento de redes sociais e a identificação de movimentações suspeitas.
Os agentes de segurança fazem uso ainda de drones e realizam varreduras com cães farejadores, além de abordar pessoas e revistar mochilas. Pórticos de detecção de metais estão instalados nas entradas do Tribunal.
Estão ainda proibidos aglomerações que caracterizem manifestações e qualquer tipo de acampamento próximo ao STF.
Uma das preocupações das autoridades é com ações solitárias por parte de algum apoiador do ex-presidente. São feitas também varreduras diurnas e noturnas com drones de imagem térmica.
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Desde agosto, 30 agentes da Polícia Judiciária de diversos estados estão de prontidão e dormem em alojamentos na sede do Tribunal. Eles realizam varreduras no edifício e na casa dos ministros da Primeira Turma, visando garantir a segurança.
O esquema segue o protocolo de mais alto grau de vigilância previsto para situações de risco — categoria que, na Corte, foi adotada somente em episódios como o julgamento do mensalão e em momentos de grave ameaça à sede do Judiciário federal.