Lei Paulo Gustavo é regulamentada e autoriza repasse de R$ 3,8 bilhões para Cultura
Decreto foi assinado pelo presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (11)
A Lei Paulo Gustavo, que preve o repasse de R$ 3,8 bilhões para Cultura, foi regulamentada por um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (11). A proposta tinha sido aprovada pelo Congresso Nacional em 2022, mas vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Com a medida, estados e municípios vão receber verbas para financiar projetos culturais. Além de Lula, a ministra da Cultura Margareth Menezes também estava presente na cerimônia realizada em Salvador (BA).
De autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), a proposta tinha o objetivo de homenagear o humorista Paulo Gustavo, que morreu por complicações da Covid-19 em maio de 2021.
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O que é a Lei Paulo Gustavo?
A lei que leva o nome do ator e humorista Paulo Gustavo, morto aos 42 anos em maio de 2021 por complicações da Covid-19, prevê que a União repasse a estados, Distrito Federal e municípios o montante de R$ 3,8 bilhões.
Do total, quase R$ 2,8 bilhões seriam destinados apenas para o setor audiovisual, no apoio a produções, salas de cinemas, cineclubes, mostras e festivais e ações de capacitação, por exemplo.
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O restante, na faixa de R$ 1,065 bilhão, caberia a editais, chamadas públicas e outras formas de seleção pública para apoio a projetos e iniciativas culturais, inclusive a manutenção de espaços culturais, que se encontram hoje fechados ou em sérias dificuldades para funcionar.
O recurso total é oriundo do superavit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC), mas a previsão de R$ 2,8 bilhões se refere a fontes de recursos que foram alocados originalmente no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e cobrados da própria cadeia, devendo por lei (11.437/2006) serem exclusivamente direcionados para essa área.
Além desses valores, estão previstos R$ 150 milhões de contrapartida de estados, DF e municípios e R$ 342 milhões desbloqueados do FNC na LOA 2021, totalizando R$ 4,4 bilhões para auxiliar o setor cultural.
Importância da lei
Entre as justificativas para a legislação emergencial, está a dimensão simbólica, tendo em vista a importância da Cultura para a formação da sociedade brasileira, mas também o aspecto econômico.
“O setor cultural equivale a 2,67% do PIB brasileiro e representa cerca de 5,8% do total de ocupados no país, isto é, quase 6 milhões de pessoas”, informa o projeto.