Sob comando de Camilo Santana, Pé-de-Meia entra no orçamento sem o total de recursos necessários

Política educacional vai precisar do envio de créditos suplementares; Programa deve custar R$ 13 bilhões em 2025

Escrito por
Inácio Aguiar inacio.aguiar@svm.com.br
(Atualizado às 15:48)
Legenda: O orçamento deveria ter sido aprovado ainda em 2024, mas embates sobre as emendas parlamentares atrasaram a análise
Foto: Agência Brasil

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou, na tarde desta quinta-feira (20), o texto-base do orçamento federal para 2025, mas a decisão não veio sem impasses. Um dos pontos de maior debate foi o financiamento do programa Pé-de-Meia, a poupança do ensino médio tocada pelo Ministério da Educação (MEC), sob comando do cearense Camilo Santana.  

Apesar de sua importância estratégica para a permanência de estudantes de baixa renda na escola, o programa não recebeu a totalidade dos recursos inicialmente previstos, de R$ 13 bilhões, e dependerá de créditos suplementares para sua execução plena. 

O orçamento de 2025 deveria ter sido aprovado ainda no ano passado, mas embates políticos, especialmente em torno das emendas parlamentares, postergaram a votação para este ano.  

O Pé-de-Meia, criado para conceder incentivos financeiros a alunos do ensino médio público, se tornou um dos focos das discussões, sendo alvo de questionamentos no Tribunal de Contas da União (TCU) e enfrentando resistências dentro do próprio Congresso. 

O impacto da redução de recursos 

O relator do orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), afirmou que houve um acordo com o governo federal para que os valores faltantes sejam incluídos via créditos suplementares ao longo do ano.  

Além da questão orçamentária, o programa enfrenta pressão política. O TCU vem analisando sua implementação, enquanto parlamentares, especialmente da oposição, levantam questionamentos sobre sua viabilidade e possíveis distorções na distribuição dos recursos.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além de Camilo, garantiu que o programa terá os recursos necessários.