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EUA confirmam ausência na COP30 em Belém

Decisão sinaliza que o país estará ausente da principal instância política da conferência.

Escrito por
Ana Alice Freire* ana.freire@svm.com.br
(Atualizado às 13:37)
Imagem de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, falando durante uma reunião ou entrevista, vestindo terno azul e gravata vermelha.
Legenda: Donald Trump se referiu às mudanças climáticas como "maior golpe do mundo" em discurso na ONU.
Foto: Samuel Corum/ Getty Images North America/ Getty Images AFP.

A Casa Branca confirmou que os Estados Unidos não enviarão representantes para a Cúpula dos Líderes da COP30, prevista para este mês, em Belém (PA). O segmento reúne chefes de Estado responsáveis por conduzir as negociações multilaterais mais sensíveis sobre metas climáticas.

A decisão norte-americana, divulgada por veículos internacionais e validada por fontes do governo, sinaliza que o país estará ausente da principal instância política da conferência.

Fontes diplomáticas brasileiras já vinham indicando, há meses, que Washington dificilmente compareceria ao encontro. A falta de sinais de engajamento durante as etapas preparatórias levou o Itamaraty a considerar a ausência dos EUA como o cenário mais provável, mesmo antes da confirmação oficial.

Impacto nas negociações

A ausência dos Estados Unidos, o segundo maior emissor histórico de gases de efeito estufa, deve afetar diretamente o ritmo das negociações internacionais.Esta abre espaço para que outros atores internacionais assumam maior protagonismo nas discussões.

China e União Europeia despontam como potenciais líderes nas negociações, especialmente em assuntos como transição energética, metas de emissões e acordos bilaterais com países amazônicos.

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Na América Latina, Brasil, Colômbia e Peru podem se fortalecer como porta-vozes regionais em torno da defesa da floresta e do enfrentamento aos crimes ambientais.

A Argentina também não estará presente na Cúpula dos Líderes, mesmo com 143 delegações já confirmadas, reforçando a percepção de mudança no equilíbrio diplomático em um momento decisivo para a governança climática global.

*Estagiária sob supervisão da editora Nayana Siebra.

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