Donald Trump anuncia retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e da OMS

O republicano prometeu adotar uma postura firme contra restrições ambientais

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(Atualizado às 09:50)
Imagem de Donald Trump anunciando a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde e do Acordo de Paris.
Legenda: Durante seu primeiro mandato, Trump já havia retirado os EUA do Acordo de Paris, justificando que o tratado prejudicava a economia americana enquanto favorecia outros países às custas dos interesses dos EUA.
Foto: SAUL LOEB / AFP

Os Estados Unidos oficializaram a saída de dois importantes acordos globais nessa segunda-feira (20). O presidente Donald Trump assinou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris, marcando uma ruptura significativa na política internacional americana.

O presidente dos EUA justificou a decisão de deixar a OMS acusando a instituição de beneficiar injustamente a China em detrimento dos Estados Unidos. “Pagamos muito mais que eles e ainda assim fomos prejudicados. A OMS nos roubou”, afirmou o presidente.

A retirada da OMS ameaça desestruturar iniciativas globais de saúde, uma vez que os Estados Unidos é o principal doador da instituição.

Trump determinou que agências federais interrompam o envio de recursos à organização e busquem parceiros alternativos para manter as atividades anteriormente conduzidas pela OMS.

Ao anunciar a saída do Acordo de Paris, Trump criticou o pacto como um obstáculo ao crescimento econômico dos EUA. O republicando notificou a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a decisão.

NOVOS PLANOS DE GESTÃO NA SAÚDE

O governo Trump informou que pretende revisar e anular a Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, lançada na gestão de Joe Biden para lidar com ameaças de doenças infecciosas, com a promessa de implementar essas mudanças "o mais rápido possível".

Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos notificaram a intenção de se retirar da OMS, alegando que a organização estava sob influência da China nas fases iniciais da pandemia de Covid-19.

"A saída da OMS enfraquece a posição dos Estados Unidos, eleva o risco de pandemias letais e nos torna mais expostos", criticou Tom Frieden, ex-alto funcionário de saúde da gestão de Barack Obama, em publicação no X (antigo Twitter).

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Exploração de petróleo intensificada

Trump disse que sua administração declarará uma "emergência energética nacional" para intensificar a exploração de petróleo nos Estados Unidos, que é o maior produtor global de petróleo e gás. E anunciou o fim de regulamentações ambientais mais rígidas para automóveis e caminhões, chamando-as de um "mandato de veículos elétricos".

“A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos e pelo aumento dos preços da energia. Por isso, hoje também declararei uma emergência energética nacional. Vamos 'perfurar, querida, perfurar!'”, afirmou Trump.

Ele destacou que o aumento da produção de petróleo seria crucial para restaurar a riqueza do País. “Voltaremos a ser uma nação próspera, e é esse ouro líquido sob nossos pés que permitirá isso”, declarou.

Trump também prometeu acabar com o Green New Deal (conjunto de propostas econômicas que visam combater as alterações climáticas e a desigualdade econômica), revogar o “mandato de veículos elétricos” e resgatar a indústria automobilística americana

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