
Os Estados Unidos oficializaram a saída de dois importantes acordos globais nessa segunda-feira (20). O presidente Donald Trump assinou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris, marcando uma ruptura significativa na política internacional americana.
O presidente dos EUA justificou a decisão de deixar a OMS acusando a instituição de beneficiar injustamente a China em detrimento dos Estados Unidos. “Pagamos muito mais que eles e ainda assim fomos prejudicados. A OMS nos roubou”, afirmou o presidente.
A retirada da OMS ameaça desestruturar iniciativas globais de saúde, uma vez que os Estados Unidos é o principal doador da instituição.
Trump determinou que agências federais interrompam o envio de recursos à organização e busquem parceiros alternativos para manter as atividades anteriormente conduzidas pela OMS.
Ao anunciar a saída do Acordo de Paris, Trump criticou o pacto como um obstáculo ao crescimento econômico dos EUA. O republicando notificou a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a decisão.
NOVOS PLANOS DE GESTÃO NA SAÚDE
O governo Trump informou que pretende revisar e anular a Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, lançada na gestão de Joe Biden para lidar com ameaças de doenças infecciosas, com a promessa de implementar essas mudanças "o mais rápido possível".
Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos notificaram a intenção de se retirar da OMS, alegando que a organização estava sob influência da China nas fases iniciais da pandemia de Covid-19.
"A saída da OMS enfraquece a posição dos Estados Unidos, eleva o risco de pandemias letais e nos torna mais expostos", criticou Tom Frieden, ex-alto funcionário de saúde da gestão de Barack Obama, em publicação no X (antigo Twitter).
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Exploração de petróleo intensificada
Trump disse que sua administração declarará uma "emergência energética nacional" para intensificar a exploração de petróleo nos Estados Unidos, que é o maior produtor global de petróleo e gás. E anunciou o fim de regulamentações ambientais mais rígidas para automóveis e caminhões, chamando-as de um "mandato de veículos elétricos".
“A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos e pelo aumento dos preços da energia. Por isso, hoje também declararei uma emergência energética nacional. Vamos 'perfurar, querida, perfurar!'”, afirmou Trump.
Ele destacou que o aumento da produção de petróleo seria crucial para restaurar a riqueza do País. “Voltaremos a ser uma nação próspera, e é esse ouro líquido sob nossos pés que permitirá isso”, declarou.
Trump também prometeu acabar com o Green New Deal (conjunto de propostas econômicas que visam combater as alterações climáticas e a desigualdade econômica), revogar o “mandato de veículos elétricos” e resgatar a indústria automobilística americana.
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