Subway alega dívida de R$ 482 milhões e pede recuperação judicial no Brasil
O pedido foi feito após credores exigirem o pagamento imediato dos valores devidos
A Subway enviou à Justiça de São Paulo um pedido de recuperação judicial, na última segunda-feira (11), por estar com dívidas de R$ 482 milhões. O requerimento foi apresentado pelo grupo Southrock, que controla a rede de lanchonetes no Brasil.
O grupo já está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, mas, àquela época, a Subway não havia sido incluída no processo.
No pedido encaminhado à Justiça, acessado pela Folha de S. Paulo, o Southrock afirma que um grupo de credores interrompeu as negociações e o diálogo com a empresa e passou a exigir o pagamento imediato dos valores devidos. "Tal repentina mudança de postura [dos credores] fez com que a proprietária da marca norte-americana Subway notificasse as requerentes a respeito da rescisão do denominado Forbearance Agreement [acordo de tolerância]'", escreveram os advogados.
Os representantes da rede informaram ainda que a situação fez cessar "importante fonte de receitas das requerentes" e tornou necessário, ainda que indiretamente, o pedido de recuperação judicial, para viabilização de uma "reestruturação organizada e uniforme".
De acordo com a Folha, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, ainda não tomou decisão sobre o assunto.
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Recuperação judicial
A Subway não havia sido incluída no pedido de recuperação judicial feito pelo grupo Southrock no ano passado porque, à época, segundo os advogados da empresa, havia "postura colaborativa" por parte relevante dos credores financeiros.
Na recuperação judicial, estão ainda outras marcas da empresa, como a T.G.I Friday's e a BAR (Brasil Airport Restaurants), que opera a franquia da Starbucks e de outras marcas em aeroportos de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Brasília e de Florianópolis.
A crise na rede, segundo os representantes do Southrock, tem início antes da pandemia de Covid-19. No caso específico da Subway, o grupo informou que sua atuação está "limitada à condição de franqueador da marca" no Brasil. Contudo, apesar desse contexto, a empresa acredita que a crise seja momentânea e possível de ser resolvida.