Setor hoteleiro do Ceará já planeja retomada no segundo semestre

De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Ceará, Ivana Bezerra, a maioria dos hotéis deve reabrir em 1º de julho. Segmento corporativo deve ser maior parte da demanda

Escrito por Redação ,
Legenda: Rede de hotéis resolveu reabrir unidades em todo o mundo com mais rigor na higiene

Mesmo resguardados pelo decreto estadual que instituiu o isolamento social, que permite operação, apenas quatro hotéis em Fortaleza estão funcionando. A falta de hóspedes justifica as portas fechadas, segundo a vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Ceará, Ivana Bezerra, que revela: a maioria dos hotéis, no Ceará, já planeja o retorno parcial das atividades em julho.

Bezerra pontua que, independentemente de uma flexibilização ou não do Governo, grande parte dos empreendimentos associados à ABIH está planejando o retorno. "Uma minoria deve voltar um pouco antes, em 1º de junho. Por enquanto, só temos quatro hotéis abertos - um que está recebendo profissionais da saúde, um flat que tem moradores fixos e, agora no feriado, tivemos a reabertura do Dom Pedro Laguna, e um outro que resolveu permanecer aberto".

O hotel citado reabriu no dia 1º de maio garantindo seguir todos os procedimentos de segurança e higienização. A vice-presidente da ABIH ressalta que a administração da rede tomou a decisão de reabertura em âmbito mundial.

Segundo ela, os esforços estão concentrados em passar uma imagem de segurança para os hóspedes, incorporando e reforçando medidas que diminuam as chances de contágio no local. "Acreditamos que em junho já seja liberado algum tipo de convivência nas áreas comuns. Mas não vamos voltar totalmente e vamos nos adaptar", ressalta.

Ela aponta que estão pensando em uma forma diferente para o café da manhã, que normalmente é servido em buffet e pode não passar muita segurança. "Queremos que os clientes se sintam seguros, mesmo que tenhamos aumento de custos, para que eles voltem", assegura Ivana.

Expectativa de ocupação

Apesar das datas definidas para o retorno, ela admite que a expectativa para a ocupação é baixa. "Nossa perspectiva é de começar com uma ocupação nem mesmo razoável. Férias não vamos ter, porque muita gente tirou agora e está sem dinheiro também", lamenta.

Para o segundo semestre, a projeção é de resultados um pouco melhores por conta do turismo corporativo. Segundo Ivana, que também é presidente do Visite Ceará, cerca de 100 eventos pequenos, médios e grandes programados para a segunda metade do ano ainda não foram desmarcados. Somente no Centro de Eventos do Ceará, o calendário mostra 38 eventos confirmados, até o momento, entre julho e dezembro.

"No segundo semestre vamos conseguir engatinhar um pouco por conta do segmento corporativo. O turismo de lazer deve demorar um pouco mais para retornar. A grande maioria das pessoas nem pensa em viajar a passeio, até mesmo por medo e insegurança em relação à saúde", explica.

Venda do Réveillon

A vice-presidente da ABIH no Ceará ainda pontua que os hotéis já estão se movimentando para vender o Réveillon 2020. "É quando a hotelaria de Fortaleza chega próximo aos 100% de ocupação. Estamos tentando vender, mas ainda é uma interrogação como estará o comportamento do turismo em janeiro", acrescenta.

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