Petrobras puxa alta na bolsa de valores e ações da estatal sobem mais de 10%

O lucro surpreendente da estatal brasileira, revelado no balanço do segundo trimestre, fizeram os títulos dispararem

Escrito por Diário do Nordeste e Estadão Conteúdo ,
fachada do prédio da Petrobras
Legenda: Pouco depois do meio-dia as ações preferenciais da empresa alcançaram valorização de 9% e as ordinárias ficaram acima de 10%
Foto: Agência Brasil

O salto das ações da Petrobras puxam, nesta quinta-feira (5), a alta do principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa. O lucro surpreendente da estatal brasileira, revelado no balanço do segundo trimestre, fizeram os títulos saltarem acima de 10%. A escalada acontece após uma quarta-feira (4) de queda de 1,44%.  As informações são do G1.

Às 12h11, o Ibovespa subia 0,92%, aos 122.918 pontos. Enquanto o dólar é negociado em queda. Próximo ao mesmo horário, as ações preferenciais da Petrobras alcançaram valorização de 9% e as ordinárias acima de 10%. Enquanto isso, os títulos da Vale recuavam mais de 3%. 

RESULTADO DA Petrobras

Na quarta-feira, a estatal anunciou lucro de R$ 42,8 bilhões no segundo trimestre, o montante é 3.772% superior ao do trimestre anterior. É o primeiro resultado do general Joaquim Silva e Luna na presidência da estatal.

"Seguiremos a trajetória de desalavancagem e retorno financeiro", disse Silva e Luna, durante uma apresentação do resultado a analistas de mercado, demonstrando que dará continuidade às premissas das gestões que o antecederam e priorizaram as finanças da empresa, após um período de crise.

Com o bom resultado, a empresa liberou o pagamento de duas antecipações da remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2021, no valor total de R$ 31,6 bilhões. 

elevação da SELIC

Os investidores também repercutem, nesta quinta-feira, a aceleração no aumento da taxa básica de juros. A taxa Selic foi elevada na quarta-feira em 1,00 ponto porcentual, de 4,25% para 5,25% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. 

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Este foi o quarto aumento consecutivo dos juros e representa uma aceleração do aperto monetário. Nas três decisões anteriores, o BC havia subido a taxa em 0,75 ponto porcentual.

Com a decisão, a Selic está no maior patamar desde outubro de 2019 — antes da pandemia de Covid-19.

O aumento do juro básico da economia reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito (entre seis meses e nove meses). A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos.

Os aumentos sucessivos da Selic são uma tentativa do BC de segurar a inflação no Brasil. A escalada dos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica fez com que os economistas do mercado financeiro já projetem inflação de 6,79% para 2021, conforme o Relatório de Mercado Focus. O documento é uma compilação feita pelo BC das projeções do mercado para os principais indicadores da economia.

A decisão era aguardada pelo mercado financeiro. De um total de 51 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 44 esperavam pela elevação da Selic em 1,00 ponto, para 5,25% ao ano. Sete casas aguardavam aumento de 0,75 ponto porcentual, com a Selic chegando a 5,00%. Para o fim de 2021, a mediana das projeções indica uma Selic a 7,0% e, para o fim de 2022, em 7,25%.

O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. A projeção do BC para a inflação já é superior ao teto da meta para este ano. O centro da meta para 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%). O parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

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