Petrobras irá chegar ao 4º presidente em três anos; veja nomes que já comandaram a estatal

Interinamente, a empresa é agora comandada por Fernando Borges, diretor de exploração e produção

Escrito por Redação ,
Legenda: Petrobras anunciou saída de José Mauro Coelho nesta segunda (20).
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Com o pedido de demissão de José Mauro Coelho anunciado nesta segunda-feira (20), a Petrobras terá o quarto presidente em pouco mais de três anos. Interinamente, a estatal é agora comandada por Fernando Borges, diretor de exploração e produção.

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José Mauro Coelho

Coelho tomou posse na presidência da Petrobras em 14 de abril deste ano e foi o executivo recente a permanecer menos tempo no posto: apenas dois meses e seis dias.

O executivo pediu demissão após fortes pressões do Governo, especialmente depois do anúncio da Petrobras de reajustar a gasolina em 5,2% e o diesel em 14,2% na última sexta (17) e diante da possível instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa.

José Mauro Coelho teve o nome foi indicado por Jair Bolsonaro para o cargo depois do economista Adriano Pires ter desistido da função por 'conflito de interesse', já que Pires é sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) e tem contratos de longo prazo com petroleiras e empresas de gás.

Legenda: Coelho tomou posse na presidência da Petrobras em 14 de abril deste ano e foi o executivo recente a permanecer menos tempo no posto
Foto: Fábio Pozzebom/ Agência Brasil

Coelho foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia e, antes de presidir a Petrobras, liderava o Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A (PPSA).

Além disso, é formado Química Industrial, com especialização em Ciências dos Materiais, tem mestrado em Engenharia dos Materiais e doutorado em Planejamento Energético.

Joaquim Silva e Luna

O general Joaquim Silva e Luna ficou na presidência da Petrobras por menos de um ano, entre 16 de abril de 2021 a 13 de abril deste ano.

Silva e Luna, que foi indicado por Jair Bolsonaro, foi demitido pelo próprio presidente após não conseguir conter a escalada no preço dos combustíveis, principal objetivo de sua gestão.

O estopim da demissão ocorreu após a guerra na Ucrânia disparar o preço do barril de petróleo, elevações que foram repassadas ao preço dos combustíveis, uma vez que a variação internacional do valor do petróleo é um dos componentes da política de preços da estatal.

Legenda: O general Joaquim Silva e Luna ficou na presidência da Petrobras por menos de um ano
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Joaquim Silva e Luna é general da reserva do Exército Brasileiro e foi ministro da defesa entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019. A sua indicação à Petrobras fez parte da estratégia do governo de colocar militares em postos de comando das estatais.

O general também ocupou a diretoria geral da hidrelétrica Itaipu Binacional entre 2019 e 2021.

Roberto Castello Branco

O economista Roberto Castello Branco esteve à frente da Petrobras entre 1º de janeiro de 2019 e 12 de abril de 2021.

Castello Branco aceitou o convite de Paulo Guedes para assumir a estatal e foi demitido por Jair Bolsonaro após a empresa anunciar diversos aumentos no preço do diesel, o que irritou os caminhoneiros, grupo apoiador do presidente.

A substituição do executivo foi anunciada um dia depois de Bolsonaro tecer críticas à gestão da Petrobras em virtude das altas no preço dos combustíveis.

"Nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar o imposto para ajudar a contrabalancear esses aumentos, no meu entender excessivo, da Petrobras. Mas eu não posso interferir, nem iria interferir na Petrobras, se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias", afirmou Bolsonaro à época durante transmissão nas redes sociais.

Legenda: O economista Roberto Castello Branco esteve à frente da Petrobras entre 1º de janeiro de 2019 e 12 de abril de 2021.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Castello Branco tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale. Passou pelo Conselho de Administração da Petrobras e foi diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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