Para garantir redução de jornada e salário, Governo deve atrasar pagamento do abono

A decisão foi tomada em reunião, nesta terça-feira, pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)

Escrito por Redação ,
Lockdown - corte de salário e jornada
Legenda: Com o novo calendário, quem receberia no segundo semestre de 2021 terá de aguardar até o início de 2022
Foto: Arquivo

Para renovar o programa de redução de salários e jornadas, o governo vai atrasar o calendário de pagamento do abono salarial.

Tendo em vista que o benefício é pago entre julho e junho do ano seguinte, com o novo calendário, ainda a ser oficializado, quem receberia no segundo semestre de 2021 terá de aguardar até o início de 2022, de acordo com informações do jornal O Globo.

Sem alterar o seguro-desemprego

A decisão foi tomada em reunião, nesta terça-feira, pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Inclusive, a rapidez com a qual a reunião foi marcada deve-se ao veto do presidente Jair Bolsonaro quanto aos planos da equipe econômica de alterar regras do seguro-desemprego para abrir espaço para a reedição da medida emergencial.

Além disso, técnicos da equipe econômica chegaram a informar que estava em estudo a edição de crédito extraordinário para financiar o programa, o que deixaria fora do teto de gastos a despesa com as contrapartidas pagas a trabalhadores afetados pelos cortes. 

Bolsonaro também não gostou da proposta, alegando que seria a repetição do que aconteceu no ano passado e aumentaria a dívida pública.  

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Como foi a redução de salários e jornadas em 2020?

Em 2020, após decretar estado de calamidade pública e retirar amarras do Orçamento, o governo implementou o programa que permitia a suspensão de contratos e reduções de 25%, 50% ou 70% nas jornadas, com corte proporcional de salário.  

A medida permitiu a realização de 20 milhões de acordos, beneficiando 10 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresas. O programa custou ao governo federal R$ 51,5 bilhões. 

 

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