E as chuvas foram embora sem qualquer despedida
Escassearam as precipitações, que deixaram boa pluviometria em todo o Litoral e nas chapadas, mas preocupação no Cariri e Sertão Central.

Parece que acabou a temporada de chuvas, que, sem dar um até logo, foi embora e deixou, no Ceará, muitas lavouras carentes de água. No Cariri, algumas áreas agrícolas tiveram frustrada parte de suas lavouras – e no Centro-Sul, também.
Mas a situação dos recursos hídricos não causa maior preocupação aos produtores rurais cearenses porque os dois maiores açudes do estado – o Castanhão e o Orós – têm reserva para atravessar este e o próximo ano.
O Orós tem armazenados 1,4 bilhão de metros cúbicos, ou 72% de sua capacidade total; por sua vez, o Castanhão acumula hoje 1,914 bilhão de metros cúbicos, equivalentes a 28,56% de seu volume total, que é de 6,5 bilhões de metros cúbicos.
Conclusão: o Orós e o Castanhão têm água em volume suficiente para assegurar o abastecimento das cidades servidas por eles e, também, para garantir as atividades econômicas na região do Baixo Jaguaribe, onde há um polo de agricultura, com destaque para a fruticultura, e outro de pecuária, ambos em crescimento nos diferentes municípios da área, principalmente nos da Chapada do Apodi, destacadamente Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte e Quixeré.
Em algumas áreas do estado do Ceará, as chuvas deste ano foram acima da média, como em todo o Litoral Leste, Norte e Oeste e nas chapadas da Ibiapaba e do Apodi; em outras, a pluviometria foi abaixo da média, como no Cariri, no Centro-Sul e em quase todo o Sertão Central. Pelo menos esta é a queixa dos produtores rurais, que sustentam o otimismo ao olhar para o espelho d’água do Orós e o do Castanhão.
PECNORDESTE 2025 TERÁ FEIRA DO CAMARÃO
Além da Feira dos Municípios, do Encontro das Mulheres do Agro e do Campeonato Leiteiro, a Pecnordeste 2025 – que se realizará nos dias 5, 6 e 7 do próximo mês de junho – terá, também, a Feira do Camarão, que ocupará um dos maiores espaços do Centro de Eventos do Ceará.
A Pecnordeste é a maior exposição indoor (em ambiente fechado) da agropecuária brasileira, e neste ano baterá todos os seus recordes de expositores, de público (estimativa de 60 mil visitantes nos três dias do evento) e de palestras técnicas e científicas. Para estas, é necessária a prévia inscrição, que pode ser feita pelo site próprio da Pecnordeste.
Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), promotora da Pecnordeste, informa que a Fwira do Camarão terá a presença das maiores empresas da carcinicultura nordestina, incluindo a Samaria Camarões, de Cristiano Maia, e a Bomar, de Gentil Linhares, que terão estandes próprios. Por sua vez, coordenadas pela Associação Cearense dos Criadores de Camarão, as pequenas empresas produtoras, principalmente as da região do Cariri, incluindo Jaguaribara, Jaguaruana e Morada Nova, também terão estandes na Pecnordeste.
EMPRESAS DO CEARÁ NA FRUIT ATTRACTION, EM SP
Aberta ontem, 25, prossegue hoje, no Expocenter de São Paulo, a Fruit Attraction, que é a versão latino-americana de sua homóloga de Madri, que se realiza anualmente sempre no mês de outubro na capital espanhola.
Várias grandes empresas da fruticultura do Ceará participam da Fruit Attraction, como a Itaueira Agropecuária, a Nordeste Vegetais, a Agrícola Famosa e a CIPP S/A – Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que tem estande próprio.
O secretário Executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro, que está presente na Fruit Attraction, reuniu-se ontem com Sebastião e Lucas Régis, que comandam o Sítio da Serra, uma grande empresa produtora de banana no Ceará e no Maranhão, onde está a sua maior área de produção.
Entre os clientes do Sítio da Serra está a rede de supermercados Mateus, que comercializa seu produto em parte do Nordeste e nos estados do Pará e Amazonas, na região Norte do país.