Estudos apontam crescimento da intenção de compra por imóveis no Brasil
Profissionais da área atribuem índice a queda da taxa SELIC e aos efeitos da pandemia

Um estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a empresa de consultoria Brain, aponta que 40% dos consumidores têm intenção de comprar imóvel nos próximos dois anos. O índice apresentado na pesquisa de Indicadores Imobiliários Nacionais mostra uma retomada do interesse por imóveis desde o início da pandemia, com elevação da curva de crescimento no segundo trimestre do ano.
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O diretor da Santa Emília Empreendimentos, responsável pela construção de mais de 2 200 unidades (18 empreendimentos), em Salvador, na Bahia, nos últimos 20 anos, Leonardo Segura, credita essa procura continuada aos efeitos da pandemia e a queda da taxa SELIC, a mais expressiva da história. Para ele, o momento apresenta melhores condições para quem quer morar ou investir.
“Para quem quer morar, os juros baixos proporcionam contratos de financiamento muito mais baratos. E pra quem quer investir, não existe opção mais segura e rentável do que um bom imóvel”, alerta o Leonardo, ressaltando que a pandemia causou grande aumento nos preços dos materiais de construção. “Os próximos lançamentos poderão ser mais caros do que os imóveis disponíveis no mercado atualmente”, ressalta Segura.
Com estudos sobre o setor imobiliário aberto ao público desde 2007, a Datastore também realizou um levantamento de dados sobre a intenção de compra entre os brasileiros, e o resultado aponta que o índice saiu de 32% em janeiro para 51% em agosto, o melhor resultado desde o início das pesquisas. De acordo com a agência, os indicadores apontam que são 11,6 milhões de famílias dispostas comprar um imóvel em até dois anos.