Em visita ao Ceará, Bolsonaro confirma valor de R$ 400 para o "Novo Bolsa Família"

Presidente visita o Estado para anúncio de obra em Russas, na região do Vale do Jaguaribe

Escrito por Bruna Damasceno ,
Bolsonaro em Russas
Legenda: Bolsonaro chegou na manhã desta quarta-feira (20)
Foto: Kid Júnior / SVM

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou, nesta quarta-feira (20), o valor de R$ 400 para o "Auxílio Brasil" — programa de transferência de renda que substituirá o "Bolsa Família". A confirmação foi dada durante visita a Russas, no Interior do Ceará.

Ontem, vazou a informação sobre o valor destinado ao benefício. No entanto, o Ministério da Economia cancelou o anúncio oficial sobre o programa previsto para ocorrer às 17h de terça-feira (19).

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A proposta causou divergências devido aos atalhos escolhidos pela pasta para conseguir custear o programa até o fim de 2022 — ano eleitoral. Pelos planos do Ministério da Economia, parte do "Auxílio Brasil" será bancado fora do teto de gastos.

Segundo antecipou a colunista Míriam Leitão, do jornal O Globo, fatia desse valor sairia do atual Bolsa Família. Já a outra seria oriunda de auxílio temporário, totalizando quantia extra de R$ 50 bilhões. Por ser um recurso provisório, não iria infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Em Russas, nesta manhã, Bolsonaro confirmou o valor e negou haver possibilidade de furar o teto de gastos. 

"Decidimos, como está chegando ao fim o auxílio emergencial, dar uma majoração ao antigo programa Bolsa Família, agora chamado de Auxílio Brasil, de R$ 400", disse o presidente. 

Bolsonaro critica isolamento social e garante que não vai ferir teto de gastos

Durante discurso, Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social adotadas pelos estados e municípios. “Com a política do ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’, estamos pagando uma conta alta na inflação dos gêneros alimentícios e, também, dos combustíveis”, explanou. 

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Em seguida, ele afirmou que respeitará a LRF para definir redesenho do Bolsa Família. “É impossível aqueles que mais necessitam viver com tão pouco. Temos a responsabilidade fazer com que esses recursos venham da própria União. Ninguém vai furar teto, ninguém vai fazer nenhuma estripulia no orçamento”, acrescentou. 

"Mas seria extremamente injusto deixar aproximadamente 17 milhões de pessoas com um valor tão pouco no Bolsa Família", disse. 

 

 

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