Projeto S. Francisco: avançam as obras do Ramal do Salgado

Prazo para conclusão do empreendimento, que consumirá R$ 700 milhões de investimento, é o fim do próximo ano.

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 09:03)
Legenda: Obras do Ramal do Salgado em execução. Ele encurtará em 150 km viagem das águas do rio S. Francisco até o Castanhão
Foto: MIDR / Divulgação
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Executadas pelo consórcio integrado pelas construtoras Engibras, Installe e SMF, prosseguem, em ritmo de xaxado, as obras de construção do Ramal do Salgado, derradeira etapa do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, iniciado em 2007, no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para grande parte da população e da economia do Ceará, esse Ramal – sonho sonhado por um grupo de empresários da agropecuária cearense – reduzirá em 150 quilômetros a viagem das águas do rio São Francisco até o açude Castanhão. O custo de implantação desse empreendimento é estimado em R$ 700 milhões, incluindo a construção de uma estrutura de controle, 13 segmentos de canais, três aquedutos, um sifão e um túnel. 

Todos esses recursos integram o orçamento do Novo PAC, que é o Programa de Aceleração do Crescimento. 

Esta coluna assistiu ontem a um vídeo das obras do Ramal do Salgado, que movimentam – sob o comando de engenheiros – um bom número de veículos e máquinas leves e pesados, além de um time de técnicos e peões.  A obra deverá estar concluída até o fim do próximo ano de 2026, um ano – deve ser lembrado – de eleição ou reeleição.

Por enquanto, o Projeto São Francisco – também chamado de Transposição (erradamente, porque apenas 26 metros cúbicos por segundo são retirados do rio São Francisco, em cuja foz, entre Alagoas e Sergipe, a vazão mínima é de 1 mil metros cúbicos por segundo) – enfrenta problemas de operação e de manutenção porque ainda não foi definido como será repartida sua despesa, principalmente a da conta de energia elétrica – ao longo dos ramais Norte e Leste há 6 estações de bombeamento.

Os governos de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, beneficiários do projeto, já se sentaram várias vezes com as autoridades do ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, mas ainda não celebraram um acordo para dividir os custos de manutenção e operação do empreendimento.

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