Donos da Fyber querem investir R$ 60 milhões em dois novos hotéis de luxo no Ceará

Segundo o CEO da Axxola GmbH, as cidades de Fortim e Paracuru deverão ser as escolhidas para receber os empreendimentos

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@svm.com.br
Legenda: Projeto para hotel de luxo em Fortim poderá ser iniciado pela empresa alemã Axxola GmbH ainda na metade de 2022
Foto: CID BARBOSA

O grupo alemão que investirá cerca de R$ 30 milhões em nova fábrica da Fyber, marca cearense de buggies, ainda deverá investir em mais dois hotéis de luxo nos municípios de Fortim e Paracuru nos próximos anos. A informação foi confirmada por Dirk Wittenborg, CEO da Axxola GmbH, em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares. O investimento em cada projeto deve ser, também, de R$ 30 milhões. 

O aporte nos dois projetos deverá contar com investidores parceiros. Segundo Dirk, a Axxola já está trabalhando nos estudos de viabilidade para buscar a aprovação governamental necessária para tocar a obra dos dois empreendimentos. A previsão é que um dos projetos seja iniciado no meio do ano que vem. Mas tudo dependerá das licenças exigidas para operação.  

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"O investimento na Fyber deverá ser de R$ 30 milhões e esse valor não deve mudar, a não ser que haja um aumento de preços nos materiais. E no mercado imobiliário, estamos investindo em um projeto muito interessante em Fortim, de um hotel de luxo, que não faremos sozinhos e que teremos uma ideia semelhante para a cidade de Paracuru. Cada projeto deve ter o mesmo tamanho da fábrica da Fyber, mas deveremos ter parceiros, diferentemente da fábrica", disse Dirk.

Atualmente, a Axxola GmbH já conta com duas operações no Ceará. Desde que a adquiriu a marca Fyber, o grupo vem produzindo buggys em pequena escala na Capital, mas deverá migrar as operações para uma unidade provisória em Paracuru até julho de 2021. A operação deverá lançar de 150 a 200 veículos no mercado por ano. Além disso, a empresa já com conta com um hotel, também em Paracuru, com 30 quartos. 

Plano de expansão no Nordeste

Segundo o CEO da Axxola, o mercado no Nordeste está pronto para absorver os veículos que serão lançados a partir da nova unidade fabril. Com previsão para produzir até 200 unidades no primeiro ano, e podendo chegar a 1 mil até 2023, a Fyber deverá vender pelo grande apelo pela marca no mercado local. 

Dirk comentou que tem viajado para algumas praias no Ceará, como Jericoacoara, e que os veículos da marca tem apresentado performances melhores que alguns carros 4x4, segundo conversas com membros de associações de bugueiros e empresas de turismo. 

Quando a fábrica voltar a operar, ele espera que, pela qualidade dos modelos da Fyber, a empresa possa se aproveitar da demanda pelos veículos. 

Legenda: Empresa alemã irá construir nova fábrica em Paracuru para ampliar produção dos buggies da Fyber
Foto: Divulgação

"Para mim, o processo de comprar a Fyber demorou muito tempo, mas me fez conhecer um bom número de pessoas que ainda tem amor pela marca e eu fiquei convencido pelo potencial da marca", revela.

"Os antigos danos não promoviam muito a marca, então quando botei tudo isso no papel eu vi que seria apenas um trabalho de polir um diamante, unindo o estilo de vida brasileiro à disciplina alemã de fazer as coisas acontecerem", disse. 

Confira o preço dos modelos da Fyber:

  • Buggy Verde Ano 2021 Modelo Motor Box 1.6L - R$ 62 mil
  • Buggy Branco Ano 2021 Modelo motor AP 1.8L - R$ 65 mil

Pensando nessa projeção da Fyber no Nordeste, o CEO da Axxola GmbH revelou que a empresa já considera expandir a produção dos buggies da Fyber para outros estados da Região, caso haja demanda pelos veículos. Mas toda essa expansão de operação deverá ser estudada no futuro. 

Modificações nos modelos

Além disso, Dirk comentou que a empresa já estuda fazer modificações nos modelos da Fyber para adequar os carros às novas demandas por sustentabilidade ambiental no mercado global. Um das adaptações possíveis, comentada por ele, é a de integrar motores movidos à energia elétrica ou até hidrogênio verde no futuro.

"Em três ou cinco anos, podemos abrir a Fyber para parceiros porque os motores elétricos serão algo muito importante no mercado em um futuro próximo pelas questões de impacto ambiental. Atualmente, isso é inviável por conta do peso que se coloca nos carros e pelas células de energia que temos disponíveis", afirmou Dirk.

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