Conta Bem: Junior Mello, da Normatel, fala do desafio de expandir lojas em meio às incertezas do País

O programa Conta Bem é exibido às quartas-feiras na TV Diário, sempre entrevistando empresários de sucesso e grandes nomes ligados à Economia no Ceará

Escrito por Redação ,
Junior Mello, diretor-comercial do Grupo Normatel
Legenda: Junior Mello é diretor-comercial do Grupo Normatel
Foto: Ismael Soares

No sexto episódio do Conta Bem, o diretor-comercial do Grupo Normatel, Junior Mello, trata do desafio de expandir os negócios em meio às incertezas políticas e econômicas do País, e como tem conseguido manter a abertura de novas lojas. 

Esses investimentos se deram nos varejos, os home centers, e na Normatel Incorporações. “Nós, nos últimos três anos, fizemos expansão muito forte na parte das lojas, no comércio. Na engenharia também, mas no comércio a gente abriu quatro lojas nesses últimos três anos”, revela. 

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Contudo, esses passos precisam ser bem calculados em meio às incertezas do cenário político e econômico do País. “No Brasil, você tem que ir com cuidado, porque o Brasil não é fácil, não é para amadores”, afirma.

Um dos pontos acompanhados com atenção pelo grupo Normatel é a taxa de juros do País, “super alta, que dificulta qualquer investimento para a economia real. E nosso negócio é movido pela economia real”, ressalta. 

Como explicação do impacto da alta taxa de juros, Mello exemplifica o efeito prático que limita as expansões. "O dinheiro que está na economia, você pega e reforma sua barbearia. Coloca dinheiro para a economia girar para novos negócios. Quando a taxa de juros está muito alta, isso não acontece, melhor deixar o dinheiro rendendo, ficar quieto”, resume. 

Confiança e juros baixos para voltar a sorrir

“O nosso negócio é muito ligado a isso e à confiança. Então, meu negócio está espetacular quando a confiança está boa e a taxa de juros está baixa. Aí, você pode ter certeza de que eu estou sorrindo. Mas, se a confiança está baixa e a taxa de juros está alta, não tá legal”, disse. 

Questionado sobre como ele está atualmente, se sorrindo ou não, Junior Mello foi direto: “Não”. Contudo, emendou: “Mas eu acho que eu vou voltar a sorrir em breve”, concluiu. 

O depoimento é um trecho do episódio do "Conta Bem" que vai ao ar nesta quarta-feira (19), às 21h, na TV Diário. A proposta do programa é entrevistar líderes empresariais do Nordeste. O programa terá reprise no domingo, às 22h40. 

No Conta Bem, Junior Mello conversa com os jornalistas Ingrid Coelho e Egídio Serpa
Legenda: No Conta Bem, Junior Mello explica aos jornalistas Ingrid Coelho e Egídio Serpa como a Normatel conseguiu cair no gosto do consumidor cearense e expandir o número de lojas mesmo em meio às incertezas do País
Foto: Ismael Soares

"A gente sabe o que o consumidor cearense quer"

No Conta Bem, Junior Mello revela ainda o diferencial de uma empresa local frente à concorrência, inclusive estrangeira, e caiu no gosto do consumidor cearense. Segundo ele, o varejo tem peculiaridades que exigem um olhar diferenciado para os clientes. "A gente sabe o que o consumidor daqui, cearense, quer. Como ele gosta de ser tratado”, explica. 

Mello reconhece ainda que esse que mesmo as especificidades dos clientes do Estado têm diferenciais conforme o perfil.

Existe uma diferença de um senhor de 70, 80 anos, para um jovem de 20. Na verdade, o nosso cliente tem a partir de 30 anos. Mas, se é cearense, gosta do nosso jeito, e a gente sabe disso"
Junior Mello
Diretor-comercial do Grupo Normatel

Esse diferencial, reconhece o diretor-comercial, também foi captado pelos empresários do Estado no setor de supermercado. “Foi fantástico, porque eles sabiam o que o cearense queria comprar, como queria comprar, onde, o que e quais eram os valores, as variáveis mais importantes para o cearense. Faz muita diferença”, conclui. 

Durante a conversa com os jornalistas Ingrid Coelho e Egídio Serpa, Junior Mello também falou sobre a origem da Normatel e como a empresa se reinventou na pandemia (inclusive implantando um drive thru), sobre o surgimento da Normatel Incorporações, a concorrência com grupos estrangeiros e o foco na construção verde.

 

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