Como será a Páscoa no Ceará com os preços dos produtos mais caros dos últimos seis anos

Previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) considera apenas o IPCA-15

Escrito por Bruna Damasceno ,
Páscoa
Legenda: Apesar do impacto das elevações dos alimentos, a CNC projeta R$ 2,16 bilhões em vendas no período
Foto: Kid Jr / SVM

A cesta de bebidas e alimentos típicos da Páscoa será 7% mais cara em 2022 – maior elevação dos últimos seis anos no Brasil, conforme previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Todos os oito itens sofreram alta, mas bolos (15,1%) e o azeite de oliva (12,6%) são os que mais devem pesar o orçamento das famílias neste período. 

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O levantamento calcula somente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA - 15), considerado uma prévia da inflação oficial do País. A estimativa é que a pressão inflacionária também deixe os chocolates 8,5% mais caros, aumentando o custo dos ovos de Páscoa.

Apesar do impacto das elevações dos alimentos em geral sobre renda dos consumidores, a CNC projeta R$ 2,16 bilhões em vendas para esse ano. Caso o número se confirme, o desempenho será 1,9% superior ao de 2021, descontando a inflação da época. 

Como será a Páscoa no Ceará?

Ovos de páscoa
Foto: Kid JR / SVM

No Ceará, chocolates em barra e bombom estão 6,03% mais caros, enquanto os pescados aumentaram 2,20%, conforme o IPCA-15, divulgado no dia 25 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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A diretora institucional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-CE), Cláudia Brilhante, aponta que a Páscoa é uma das datas comemorativas cujo consumo é concentrado em poucos produtos, no caso, chocolates, bacalhau e bebidas. 

“Por ser uma data religiosa e agora com a flexibilização do uso de máscaras, acreditamos que o número de pessoas que vão comemorar, neste ano, será elevado. Mesmo com a inflação recente, esperam-se vendas superiores ao ano anterior”, avaliou. 

Em relação ao mercado de trabalho, avalia, tende a estável, com poucos empregos temporários sendo gerados, principalmente, nas atividades de produção de chocolates. Ela aponta que outro setor beneficiado é o de turismo para o feridão. 

Páscoa já gera mais 8 mil empregos no Brasil, diz Abicab

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) calcula que foram criados 8,5 mil postos de trabalho temporários na indústria de chocolates no Brasil, entre contratações diretas e indiretas. 

Segundo a entidade, para a Páscoa de 2022, os novos empregos começaram a surgir no início segundo semestre de 2021. A estimativa é que as vendas online de ovos de Páscoa impulsionem o setor. 

Conforme levantamento da Abicab, os associados levam às gôndolas 399 opções de itens para a data, sendo 150 lançamentos, entre eles novas parcerias, formatos, sabores e combinações de produtos.

 

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