Cesta básica de Fortaleza fica mais barata em agosto e tem segunda maior queda do País
Mesmo assim, o trabalhador da Capital precisou trabalhar quase 114 horas durante o mês passado apenas para garantir a alimentação básica
O conjunto de produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza apresentou deflação de 2,26% ao passar de R$ 641,46 em julho para R$ 626,98 em agosto deste ano, divulgou nesta terça-feira (6) o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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A queda é a segunda maior retração mensal observada entre todas as regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, atrás apenas da queda na cesta básica de Recife (3%).
Apesar de ter ficado mais barata, a cesta básica de Fortaleza continua sofrendo a pressão de alimentos como o leite, que em agosto subiu 8,76%. Também houve aumento de preço em produtos como a manteiga (3,83%) e a farinha (3,53%).
Em contrapartida, ficaram mais baratos o tomate (-22,14%), o óleo (-7,32%) e o feijão (-2,29%).
Veja a lista de produtos e preços em agosto:
- Carne (4,5kg): R$ 196,11
- Leite (6L): R$ 49,14
- Feijão (4,5kg): R$ 42,30
- Arroz (3,6kg): R$ 19,37
- Farinha (3kg): R$ 16,74
- Tomate (12kg): R$ 63,72
- Pão (6kg): R$ 105,84
- Café (300g): R$ 10,38
- Banana (7,5dz): R$ 51,23
- Açúcar (3kg): R$ 13,14
- Óleo (900ml): R$ 10,25
- Manteiga (750g): R$ 48,76
Em agosto deste ano, considerando o salário mínimo de R$ 1.212 e a jornada de 220 horas mensais, o trabalhador de Fortaleza teve que trabalhar 113 horas e 49 minutos apenas para garantir a alimentação básica.
No semestre e em 12 meses, a cesta básica de Fortaleza continua apresentando variação positiva, de 2,85% e de 13,53%, respectivamente. Portanto, a alimentação básica em agosto de 2022 (R$ 626,98) estava mais cara do que em fevereiro de 2022 (R$ 609,60) e mais cara do que em agosto de 2021 (R$ 552,24).
Salário mínimo ideal
O Dieese calcula mensalmente o salário mínimo ideal. Considerando a cesta básica mais cara do País (São Paulo, de R$ 749,78) e que o salário mínimo deveria suprir as despesas do trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o piso ideal deveria ser de R$ 6.298,91 - 5,20 vezes o mínimo atual.