Cais pesqueiro poderá movimentar até 800 toneladas de pescado por ano

Arrematada pela Compex por R$ 3,4 milhões, retroárea do Porto de Fortaleza, no Mucuripe, será destinada à implantação de uma indústria de beneficiamento de pescados. Obras devem ser iniciadas em julho ou agosto, prevê empresa

Escrito por Redação ,
Legenda: Demanda antiga do setor pesqueiro, empreendimento deverá concentrar a produção de lagosta e atum
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Previsto para iniciar suas operações em março de 2021, o Cais Pesqueiro do Porto de Fortaleza terá uma capacidade inicial para movimentar cerca de 800 toneladas de pescados por ano, sendo 400 toneladas de peixes e 400 de lagosta. A retroárea do equipamento foi arrematada pela empresa cearense Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação Ltda. Por R$ 3,4 milhões, valor que deverá ser pago à Companhia Docas do Ceará (CDC), ao longo da vigência do contrato, que é de 20 anos.

Segundo o gerente comercial Compex, Leonardo Marinho, a depender dos trâmites burocráticos como licenças e alvarás, a expectativa da empresa é de iniciar as obras já em julho ou agosto, para que as operações tenham início em março.

"Pelo plano básico de implantação, nós temos a obrigação de fazer a demolição de um prédio que há no local, que está com a estrutura condenada, para só então começar a construção da nossa fábrica", diz. "A gente tem a expectativa de trabalhar com peixes em geral e com lagosta, com uma capacidade anual de 800 toneladas".

Para a diretora-presidente da CDC, Mayhara Chaves, a cessão de uma área não operacional reforça a estratégia de gestão da companhia de dar destinação às áreas ociosas sob sua gestão, além de proporcionar a geração de novos postos de trabalho. "Reiteramos que este foi mais um passo importante dado pela diretoria da companhia, que busca fazer o melhor uso das áreas sob sua gestão. Fazendo com que a companhia trabalhe mais focada no negócio, que é a movimentação de cargas", pontua Mayhara.

Quando o edital de licitação foi publicado, no dia 6 de março, Mayhara Chaves ressaltou que a retroárea do Cais Pesqueiro de Fortaleza estava inativa há vários anos devido à uma disputa judicial, até que, apenas no ano passado, a autoridade portuária ganhou a causa podendo conceder a área.

"Este é mais um passo importante dado pela diretoria da Companhia Docas do Ceará, que injetará recursos no seu caixa para melhorar, cada vez mais, a infraestrutura do porto e atrair novas cargas a serem movimentadas", disse na ocasião.

Área

O pregão eletrônico, realizado no último dia 2, previu a cessão da área de 11,9 mil metros quadrados, destinada exclusivamente para a implantação de uma indústria de beneficiamento de pescados, conforme o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Fortaleza.

A empresa deve assinar o contrato no próximo mês. A Compex Já apresentou o Plano Básico de Implantação (PBI) que prevê, entre outros pontos, a estimativa de produção e os estudos ambientais.

A construção de um terminal pesqueiro em Fortaleza era uma antiga demanda do setor e deverá concentrar a produção, principalmente, de lagosta e atum. "Aquela é uma área nobre para a indústria pesqueira cearense, e a expectativa é que o equipamento atenda a todo o Estado", disse Paulo Gonçalves, vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca do Ceará (Sindifrios), quando foi lançado o edital.

Além do terminal de Fortaleza, o setor pesqueiro aguarda a concessão do terminal pesqueiro de Camocim, cujo processo licitatório também será gerido pela CDC.

Por R$ 3,4 milhões, que serão pagos ao longo de 20 anos, tempo de duração do contrato,

A empresa cearense Compex arrematou a retroárea do Cais Pesqueiro do Porto do Mucuripe, em Fortaleza.

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