BNDES vai financiar R$ 8,5 bi em obras de saneamento no Ceará

Governo vai leiloar projetos até o fim do próximo ano por PPPs

Escrito por Redação ,
Legenda: Obras devem favorecer 4,173 milhões de habitantes de 23 municípios da RMF e do Cariri
Foto: Camila Lima

Até o fim de 2021, o Governo do Estado deverá realizar o leilão de projetos de saneamento com volume de investimento previsto em R$ 8,582 bilhões. O projeto será realizado por meio de Parceria Público Privada (PPP) e a expectativa é que atenda 4,173 milhões de habitantes de 23 municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e da região do Cariri.

A ação, que prevê a universalização do tratamento de esgoto nessas regiões, será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atualmente, o projeto está em fase de elaboração de estudos. Segundo o BNDES, o edital deverá ser lançado no terceiro trimestre de 2021.

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"O estudo técnico vai ter uma decisão do Estado e o processo vai passar por uma fase de consulta pública e pelos órgãos de controle no primeiro trimestre, para que o edital seja lançado no terceiro trimestre e o leilão seja realizado no quarto trimestre", disse Cleverson Aroeira, superintendente da Área de Estruturação de Parcerias (AEP) do BNDES, durante palestra sobre a atuação do banco no setor de saneamento, realizada na tarde de ontem (27).

"São 23 municípios abrangidos nessas áreas, que têm um baixo nível de esgoto tratado, por isso um investimento tão alto", disse Aroeira. Dos estados com investimentos do banco, o Ceará receberá o segundo maior volume de recursos, atrás apenas do Rio de Janeiro, onde serão investidos cerca de R$ 30 bilhões em saneamento.

Segundo Aroeira, em princípio, os projetos estão sendo desenhados para que seja feita a universalização do serviço de esgotamento sanitário.

Carência

Durante a palestra, o superintendente da AEP do banco disse ainda que o Ceará está entre os seis estados com maior carência de serviços de água e esgoto, problema que atinge cerca de 11% da população brasileira.

"Hoje, 40% do esgoto do País ainda são descartados in natura", disse.

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