'Auxílio precisa chegar enquanto a crise durar', diz Deusmar Queirós, fundador da Pague Menos

Durante evento organizado pelo Lide Ceará, Deusmar Queirós, fundador do Grupo Pague Menos, comentou sobre estratégias para o País sair da crise causada pela pandemia. Ele defendeu as medidas de isolamento do Governo do Estado

Escrito por Redação ,
Legenda: "Não é momento para olhar para o tamanho da dívida, é o momento para olharmos a saúde física e financeira das pessoas e das empresas", disse Deusmar
Foto: Divulgação

O fundador do Grupo Pague Menos, Deusmar Queirós, defendeu o retorno do auxílio emergencial no Brasil "enquanto durar a crise" sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus. O pedido foi feito durante o Lide Talks, evento organizado pelo Lide Ceará, grupo de líderes empresariais multissetorial, nesta sexta-feira (12).

Além disso, Deusmar afirmou confiar nas políticas de distanciamento social aplicadas pelo Governo do Estado, mas pediu que haja aberturas "onde der". 

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"Em uma das primeiras lives que fizemos, eu defendia o isolamento por faixa etária, mas a situação ficou da forma de hoje, então eu não tenho conhecimento para comentar. Eu confio no Dr. Cabeto (secretário de Saúde Estadual) e no que o Governo do Estado está fazendo. Mas o Brasil precisa ajudar a população, mesmo que não ajude todo mundo. O auxílio precisa chegar para essas pessoas enquanto essa crise durar", disse Deusmar. 

"Não é momento para olhar para o tamanho da dívida, é o momento para olharmos a saúde física e financeira das pessoas e das empresas", completou o empresário e economista. 

Novos benefícios

Deusmar também defendeu que sejam criados novos apoios aos setores que foram mais afetados pela crise gerada pela pandemia. Ele comentou sobre os segmentos de bares e restaurantes, eventos, mas também sobre apoios federais para o mercado imobiliário, empresas aéreas e as montadoras de automóveis. 

"Eu acho que tem setores que precisam ser ajudados agora, como o setor imobiliário, pois não importa o tamanho da economia é um setor que está sempre ativo, então o Governo Federal precisa criar linhas de crédito para apoiar. O setor aéreo também precisa de um apoio, pois não faz sentido de termos um país como o nosso sem uma forte malha aérea. O setor automobilístico também precisa de apoio nesse momento", disse. 

Movimento local

Sobre o apoio às empresas, a presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, afirmou que o grupo de líderes empresariais está lançando um projeto para ajudar os negócios que estão passando por dificuldades no momento, citando os setores de eventos e bares e restaurantes.

"Estamos lançando uma campanha para apoio aos eventos e aos restaurantes. Enquanto você estiver 'online', ajude empresas que estão saindo do 'offline'. Esse movimento pede que empresas ajudem contratando serviços e produtos de negócios que estão paralisados, promovendo eventos online com a contratação de serviços durante essas operações para que isso possa ajudar quem a gente pode", disse. 

Legenda: Deusmar Queirós é fundador do Grupo Pague Menos
Foto: Divulgação

Vacinação 

O fundador do Grupo Pague Menos ainda reforçou que o Brasil só deve superar a crise gerada pela pandemia quando o plano nacional de vacinação avançar mais, reduzindo os impactos da Covid-19 na vida das pessoas e na atividade das empresas. 

"Podemos vacinar 2 milhões de pessoas por semana, com apoio da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) e do Governo. O movimento 'Vacina para todos' é para salvar as pessoas e recuperar a economia, então vou continuar esse movimento para garantir vacinas para toda a população. Tivemos um atraso na compra e há um problema em relação à vacina hoje no País, mas vamos esperar que em abril tenhamos mais números positivos para vacinas as pessoas e sair dessa crise", afirmou. 

Reformas 

Outro ponto abordado por Deusmar Queirós foi a necessidade de o País desenhar e aplicar uma reforma administrativa para garantir o melhor aproveitamento dos recursos públicos no Brasil. Ele defendeu ser possível manter os servidores públicos, mas é preciso reduzir as "mordomias" em todas as esferas da administração pública, considerando Legislativo, Executivo e Judiciário. 

"O Brasil precisa fazer uma reforma administrativa no Governo porque temos muitos gastos com o Governo em certas áreas, são muitas mordomias. Não precisa tirar os funcionários públicos, mas precisamos reduzir as mordomias. O dinheiro é do povo, e ele precisa ser aplicado melhor do que é hoje. Precisamos de uma reforma política e administrativa para tirar mordomias em todas as esferas: executivo, legislativo e judiciário. Precisamos de uma reforma grande para adequarmos a situação à realidade do País", opinou Deusmar. 

Soluções para a crise 

O fundador do grupo Pague Menos ainda comentou que o mercado, as empresas e as pessoas precisam começar a reajustar as condições de negócios às realidades do momento para que "todo mundo" possa passar pela crise do coronavírus.

Ele defendeu que bancos devem renegociar taxas de empréstimos, e locatários possam reaver preços de aluguel para que pequenas empresas reduzam os custos e garantir o pagamento de funcionários, dentre outros pontos. 

"O grande desafio é como resolver o problema do pequeno empresário que está fechado e não tem nem dinheiro para pagar os funcionários. A ajuda emergencial é importante, mas não pode ficar só no auxílio, precisamos negociar essas relações de negócios para todos atravessarmos a crise. Se não negociarmos, os pequenos não vão sobreviver. Precisamos de coragem para atravessar a crise e confiar e que as vacinas cheguem", disse Deusmar. 

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