Klara Castanho: Hospital nega acesso ao prontuário da atriz para Conselho de Enfermagem

De acordo com nota divulgada pelo órgão, o acesso foi negado por conta da necessidade de autorização prévia da paciente

Escrito por Redação ,
Klara Castanho
Legenda: O Coren-SP, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Ministério Público apuram o caso e o vazamento
Foto: Reprodução/Instagram

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo informou, nesta segunda-feira (4), que o Hospital Brasil - acusado de vazar informações da atriz Klara Castanho, vítima de estupro - negou acesso ao prontuário de atendimento da artista.

De acordo com nota divulgada pelo órgão, o acesso foi negado por conta da necessidade de autorização prévia da paciente, o que é previsto no Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Conforme informações do g1, com o novo desdobramento, o Conselho Regional se colocou à disposição da atriz para orientá-la sobre os procedimentos para averiguar a conduta dos profissionais de enfermagem que a atenderam e também sobre o acesso ao prontuário.

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Confira a nota na íntegra

"O Coren-SP informa que solicitou o prontuário de atendimento da atriz vítima de vazamento de informações sigilosas ao hospital onde ela foi atendida, mas o acesso ao documento foi negado ao conselho pela instituição sob a justificativa de necessidade de autorização prévia da paciente, seguindo o previsto em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Desta forma, o Coren-SP se põe à disposição da atriz, caso isso seja de sua vontade, para orientação quanto aos procedimentos para encaminhamento de apuração da conduta dos profissionais de enfermagem que a tenham atendido ou de autorização para acesso ao prontuário.

O conselho reafirma seu compromisso e preocupação com a ética, que também é um instrumento de trabalho da enfermagem, ao mesmo tempo em que tem o dever de cumprir as previsões legais vigentes para evitar quaisquer outros prejuízos à vítima ou à devida condução de apuração dos fatos".

Relembre o caso

Klara engravidou após sofrer um estupro e realizou a doação do bebê fruto da agressão – algo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Em desabafo, ela também denunciou uma enfermeira que teria ameaçado expor o caso à imprensa, ainda durante sua internação.

O Coren-SP, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Ministério Público apuram o caso e o vazamento.

Investigação

O Hospital Brasil, em que Klara ficou internada, informou que abrirá uma sindicância interna para investigar a denúncia. Na semana passada, o local já havia se pronunciado sobre a preservação dos dados da paciente.

"[O Hospital Brasil] tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato", disse em nota.

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