Termoelétrica da Portocem deve gerar até 3 mil empregos no Ceará

Durante fase de construção, projeto prevê 1,2 mil vagas nos primeiros três anos até 3 mil nos anos seguintes. Investimentos são da ordem de R$ 6,7 bilhões. Pareceres técnicos das licenças ambientais serão avaliados em julho

Escrito por Redação ,
Legenda: A usina vai utilizar gás natural como fonte de energia, segundo o secretário Maia Júnior
Foto: Foto: Helene Santos

A usina termoelétrica Portocem, que poderá ser construída no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), deve gerar 1,2 mil empregos diretos nos primeiros três anos de obra, passando para até 3 mil trabalhadores nos anos seguintes. Quando a usina estiver funcionando, serão 150 vagas.

"É um investimento de aproximadamente R$ 6,7 bilhões, no total de sua capacidade instalada, de 2,6 GW (gigawatts)", afirmou a representante da empresa, Rachel Starling, durante votação dos pareceres técnicos da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) ao estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) da termoelétrica.

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) adiou para 4 de julho a sessão após o Ministério Público pedir vistas ao processo.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho do Estado (Sedet), Maia Júnior, a usina termoelétrica Portocem vai utilizar gás natural como fonte de energia. "Está tudo pronto para a térmica. O leilão acontece em setembro. É um investimento extraordinário para o Ceará. Não é um investimento importante só por causa da geração de energia, é importante também pelo fornecimento de gás não só pelo Ceará, mas pela região", disse.

Maia Júnior afirmou que o projeto abriga ainda um porto de boias da Shell para a entrada de gás natural através de navios de regaseificação.

Estratégia

O empreendimento de grande porte está projetado para ser construído no Cipp, nos limites da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Adão Linhares, secretário executivo de Energia e Telecomunicações da Secretaria da Infraestrutura, disse que as condições de logística do Estado são importantes para atrair o empreendimento. "A única coisa que a gente sabe é que a empresa tem interesse em colocar o empreendimento dela no Ceará por conta das condições de logística e das condições que o Ceará oferece e a atratividade que o Estado dispõe", acrescentou.

Segundo ele, é estratégico para o Governo o mercado de gás do Nordeste ter como porta de entrada o Pecém. "É um objetivo do Estado crescer neste mercado. As vantagens que o Ceará oferece são naturais, como as condições tributárias, com atrativos para a geração de energia de gás natural, a logística de facilidade de equipamentos e conexão elétrica, a interlocução do Estado, o posicionamento positivo, a condução da parte ambiental. O investidor está muito satisfeito com isso".

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