São Paulo prevê início de vacinação contra a Covid-19 para janeiro
Profissionais de saúde, indígenas e quilombolas serão os primeiros a receberam a vacina; Anvisa precisa aprovar imunizante
O governo de São Paulo anunciou, nesta terça-feira (7), que deve iniciar a vacinação contra a Covid-19 em 25 de janeiro de 2021. Os primeiros a receberem a Coronavac, imunizante produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, serão profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado. As informações são do portal G1.
Idosos com mais de 75 anos serão o segundo grupo a receber a vacina, em 8 de fevereiro. Em seguida estão idosos entre 70 e 74 anos (15 de fevereiro), idosos de 65 a 69 anos (22 de fevereiro) e idosos de 60 a 64 anos (1° de março). A vacinação ocorre em duas doses, com intervalo de 21 dias entre as aplicações.
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A Coronavac ainda precisa ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após ter a eficácia comprovada. O Butatan espera enviar os resultados do estudo para análise até o final desta semana. A aprovação deve ser decidida até a primeira semana de janeiro, prevê o órgão.
A vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos, segundo artigo revisado por pares e publicado em 18 de novembro na revista científica Lancet Infectious Diseases sobre a fase 2 de testes da vacina.
A terceira e última fase de testes é realizada no Brasil e atingiu, no final de novembro, o número mínimo de voluntários infectados pela Covid-19 para a abertura do estudo e análise dos resultados.
O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas do imunizante. De acordo com o governador João Dória (PSDB), até o início do próximo ano, o governo deve receber mais 46 milhões de doses, previstas no acordo.
Um lote com 600 litros de matéria-prima da vacina chegou a São Paulo na quinta-feira (3) e envase do material começou a ser feito nesta segunda-feira.
No final de novembro, a Anvisa iniciou uma inspeção para verificar as boas práticas de fabricação da Sinovac, na China.
A Anvisa anunciou em 9 de novembro que os estudos clínicos da vacina CoronaVac foram interrompidos devido a um "evento adverso grave", como definiu o órgão do Governo Federal, porém, a agência foi informada de que esse evento havia sido a morte por suídicio de um participante, e os testes foram retomados.
Governo Federal
As 46 milhões de doses da CoronaVac foram adquiridas pelo governo paulista. No final de outubro, a aquisição do imunizante pelo Ministério da Saúde chegou a ser anunciada pelo ministro Eduardo Pazuello.
Após o anúncio, a compra de uma vacina chinesa teve repercussão negativa entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, o que fez com que ele mandasse cancelar a aquisição. Com isso, o ministério publicou que "não há intenção de compra" do imunizante.