Sindiônibus diz que não houve verba extra, e retorno de ônibus é para melhorar diálogo

Dimas Barreira declarou que não é fácil a volta dos coletivos às ruas, pois a "situação financeira é muito frágil".

Escrito por
Matheus Facundo matheus.facundo@svm.com.br
(Atualizado às 19:57)
Foto de cima que mostra terminal de ônibus que mostra veículos e passageiros.
Legenda: Por dois dias, mais de 50 ônibus ou pararam de circular, ou tiveram frota reduzida, após decisão do Sindiônibus.
Foto: Fabiane de Paula.

Após anúncio do prefeito Evandro Leitão de que os ônibus com operações suspensas em Fortaleza voltam às ruas amanhã (1º), o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, disse que não houve repasse financeiro extra ou avanço nas negociações com o Município para fazer as mais de 50 linhas alteradas voltarem à normalidade. Ao Diário do Nordeste, ele relata que o retorno é fruto de um esforço das empresas de coletivo para "melhorar o ambiente" de tratativas do déficit financeiro. 

O retorno integral dos ônibus foi anunciada pelo prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, durante evento no fim da tarde desta terça-feira (30). A suspensão de 25 linhas e redução de 29 ocorreu nessa última segunda-feira (29), sob justificativa do Sindicato de que o atual repasse financeiro da Prefeitura não tem sido suficiente para manter a operação. 

O Sindicato chegou a ser notificado extrajudicialmente pela Prefeitura de Fortaleza nesta terça em documento que exigiu que as 25 linhas de ônibus suspensas na segunda-feira, e as outras 29 com frotas reduzidas, voltassem a funcionar de forma integral dentro de 24 horas. 

"Me reuni com todas as empresas para convencer todo mundo de fazer esse esforço adicional, justamente para melhorar o ambiente para se negociar com a Prefeitura. As negociações vinham andando muito lentas", explicou Barreira. 

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Situação financeira ainda é frágil, diz Sindiônibus 

Segundo Dimas, "não é fácil fazer esse esforço", pois a "situação financeira é muito frágil". No entanto, o presidente do Sindiônibus espera que a garantia da continuidade do serviço venha com o avanço das tratativas. 

"Nós ainda não sentamos com a Prefeitura, vamos voltar a negociar. A partir de amanhã vou conseguir marcar um horário", disse o gestor, que espera se reunir com o prefeito Evandro Leitão. 

Veja nota sobre o retorno 

"O Sindiônibus informa que, a partir desta quarta-feira, 1º de outubro, a operação dos ônibus em Fortaleza voltará a seguir os parâmetros definidos pela Etufor para cada linha. A decisão é fruto de um esforço adicional envidado pelas empresas de transporte para que o diálogo seja retomado, mesmo diante das dificuldades financeiras que impactam o setor, especialmente no cumprimento dos compromissos  salariais com colaboradores e fornecedores essenciais, como combustível.

A entidade reforça a urgência em ampliar o diálogo sobre o transporte coletivo, de forma a construir soluções conjuntas que garantam a continuidade e a qualidade da mobilidade urbana em nossa capital.

Na última segunda-feira (28), em caráter emergencial, foi necessária uma readequação operacional. A medida integrou um conjunto de ações voltadas a viabilizar a manutenção do serviço em meio ao atual cenário de desequilíbrio financeiro. O estudo que embasou a decisão considerou fatores como dimensionamento da frota, análise de rotas e demanda de passageiros, sempre com base em critérios técnicos.

O Sindiônibus permanece à disposição para prestar esclarecimentos adicionais". 

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