Nos 31 dias de março, Ceará registrou 57 alertas para chuvas e ventos fortes
O mês teve mais que o dobro de avisos em comparação com fevereiro
Chuvas fortes. Essa foi uma constante no último mês de março na maioria das cidades do Ceará. Conforme balanço realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a pedido do Diário do Nordeste, o mês passado registrou 57 alertas para risco de chuvas intensas e ventos com rajadas de até 100 km por hora. Em média, foram quase dois alertas por dia.
Esses avisos meteorológicos são emitidos pelo Inmet, órgão nacional que monitora a atuação dos fenômenos climáticos para avaliar as regiões do Brasil onde podem ocorrer eventos intensos. Março foi o mês deste ano com o maior número de alertas emitidos. Em janeiro, foram 38 e, em fevereiro, 28 avisos meteorológicos emitidos para o Ceará.
O meteorologista do Inmet, Flaviano Fernandes, explica que essa análise é feita diariamente pela equipe de especialistas do órgão. Eles "analisam os campos atmosféricos "e, a partir de então, apontam as previsões para as mais diversas localidades do País.
Março chuvoso
A grande quantidade de alertas emitidos em março teve relação direta com o volume médio acumulado ao longo do mês passado. O Ceará fechou com 267.2 mm de chuva, o que representa 31.4% acima da normal climatológica para o período, que é de 203.4 milímetros.
Em Fortaleza, as chuvas também foram robustas. A Capital cearense teve o melhor acumulado dos últimos 49 anos, desde que a Funceme começou a monitorar os dados pluviométricos, em 1973. Já os açudes cearenses foram igualmente beneficiados pelas boas chuvas.
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O volume atual dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) é de 28,88%, melhor índice dos últimos 7 anos. Atualmente, são 20 reservatórios sangrando e outros 5 com capacidade acima dos 90%.
Novo alerta
Abril já começa com o primeiro alerta meteorológico emitido pelo Inmet. Conforme o órgão, para 171 das 184 cidades cearenses, há risco de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou até 100 milímetros por dia, além de ventos intensos com rajadas que podem chegar entre 60 a 100 km/h.
Para essas localidades, o Inmet aponta que há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Esses alertas são classificados em três graus de intensidade: potencial perigo, perigo e grande perigo. Cada um deles tem uma intensidade distinta para a possibilidade de ocorrência dos eventos. O mais severo deles (grande perigo), ainda não foi emitido para o Ceará.
- Potencial perigo: Situação meteorológica potencialmente perigosa. Cuidado na prática de atividades sujeitas a riscos de caráter meteorológico. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e não corra risco desnecessário.
- Perigo: Situação meteorológica perigosa. Mantenha-se muito vigilante e informe-se regularmente sobre as condições meteorológicas previstas. Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das autoridades.
- Grande Perigo: Situação meteorológica de grande perigo. Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e os possíveis riscos. Siga as instruções e conselhos das autoridades em todas as circunstâncias e prepare-se para medidas de emergência.
Os alertas são divulgados todos os dias e, geralmente, têm vigência de 24 horas, podendo, no entanto, ser renovados. O atual aviso meteorológico, vigente para 171 cidades cearenses, se estende até a manhã deste sábado (2).
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Para situações como estas, de perigo para ventos e chuvas intensas, o órgão recomenda que as pessoas "não se abriguem debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas" e "não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda".
Se possível, completa o Inmet, é recomendado "desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia". Em casos extremos ou de perigo, o órgão aconselha entrar em contato com a Defesa Civil (telefone 199) e/ou Corpo de Bombeiros (telefone 193).