Dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos são notificados no Ceará
Os pacientes são moradores de Cedro e Caridade
Mais dois casos suspeitos da doença conhecida como "varíola dos macacos" estão em investigação no Ceará. Com isso, os casos suspeitos da doença no Estado chegam a três.
As novas notificações foram de residentes dos municípios de Cedro e Caridade, no Interior, de acordo com atualização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) na noite desta sexta-feira (17)
Ambos os casos estão em investigação epidemiológica. Nenhuma das pessoas se deslocou para áreas onde há casos confirmados.
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O paciente de Cedro é um homem de 54 anos, que deu entrada no Hospital e Maternidade Zulmira Sedrim de Aguiar, na quarta-feira (15). Ele teve contato com uma pessoa de São Paulo, onde já há casos confirmados. A Prefeitura do município havia feito a notificação ao Ministério da Saúde, segundo divulgado nessa quinta-feira (16).
Os casos são monitorados pela Vigilância em Saúde da Sesa. "Foram aplicadas todas as medidas recomendadas, como isolamento, busca de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento", diz a pasta.
O que é a varíola dos macacos?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a doença recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa, em 1958. Somente em 1970, foi detectada em humanos. A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox.
Apesar de ser da mesma família da varíola humana, o patógeno causador da doença dos macacos tem menor risco de complicações. Segundo a OMS, a enfermidade é encontrada na África Central e Ocidental, onde há florestas tropicais e os animais que podem transportar a doença.
Ocasionalmente, pessoas com varíola são identificadas em outros países, após viagens de regiões onde a varíola é endêmica.
Quais os sintomas?
Segundo a OMS, os sintomas duram entre duas e quatro semanas, mas desaparecem por conta própria sem tratamento. A orientação é que as pessoas com os sinais descritos abaixo procurem orientação médica e comuniquem possível contato com alguém infectado. Veja os sintomas:
- Febre;
- Dores de cabeça intensa, musculares e/ ou nas costas;
- Baixa energia;
- Linfonodos inchados;
- Erupções cutâneas ou lesões.
Geralmente, a erupção se apresenta de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, secar e cair.
Segundo o órgão, o número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a milhares. A erupção tende a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Eles também podem ser encontrados na boca, genitais e olhos.