Chikungunya: veja em quais bairros de Fortaleza há mais casos da doença

Capital já soma, neste ano, quase 9 mil confirmações e 8 mortes pela arbovirose

Escrito por Theyse Viana , theyse.viana@svm.com.br
aedes aegypti
Legenda: Aedes aegypti, além dos casos de chikungunya, já transmitiu dengue a mais de 9 mil fortalezenses, neste ano
Foto: Shutterstock

Doença que assusta muitas pessoas pela intensidade dos sintomas, a chikungunya já infectou pelo menos 8.937 moradores de Fortaleza, em 2022, até o último sábado (9). Oito mortes pela arbovirose já foram confirmadas, e outras 15 seguem em investigação.

Os dados são do mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), divulgado segunda-feira (11), e mostram que a maioria das infecções (72%) foi confirmada de forma clínica, ou seja, sem exame laboratorial.

76
bairros já tiveram moradores que testaram positivo para chikungunya, por meio de teste RT-PCR, segundo a SMS.

Os bairros José Walter (994), Mondubim (574) e Jangurussu (44) lideram em número de moradores com chikungunya. O único bairro que não teve infecção confirmada neste ano, até 9 de julho, é o De Lourdes.

Além dos pacientes diagnosticados via exame ou situação clínica, outros 4.449 casos suspeitos do “CHIKV” estão em investigação.

O número de casos de chikungunya em Fortaleza em 2022 já é 7 vezes maior do que a soma de casos dos anos de 2018 a 2021 inteiros.

Como prevenir a chikungunya

Atualpa Soares, gerente da Célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da SMS, explica que “há várias formas de detecção e confirmação de casos, mas muitas vezes o médico fecha o diagnóstico só a partir da sintomatologia”.

Em Fortaleza, até sábado (9), 476 moradores testaram positivo por meio de exame molecular (RT-PCR, o mesmo utilizado para Covid, por exemplo) e outros 1.933 apresentaram anticorpos IgM reagentes, ou seja, uma defesa que indica contato recente com o vírus.

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Essa alta incidência de chikungunya foi uma surpresa, mas já esperávamos aumento de casos nesses bolsões que, na epidemia anterior, não foram muito atingidos. Começou pela Regional 6, uma das menos afetadas na primeira grande epidemia.
Atualpa Soares
Gerente de vigilância da SMS

Para prevenir a doença, o gerente cita, além das medidas coletivas já conhecidas – não deixar água parada, limpar calhas etc. –, outras formas de prevenção individuais:

  • Uso de mosquiteiro; 
  • Proteger portas e janelas com telas;
  • Utilizar produtos repelentes;
  • Intensificar uso de ventilador e ar-condicionado, que podem “espantar” o Aedes aegypti.

Atualpa destaca que a tendência, a partir do fim de julho, é de queda na incidência da chikungunya, já que períodos com temperatura mais amena e muitos ventos tendem a reduzir a atividade do mosquito. “Final de julho e começo de agosto esperamos baixíssima transmissão. Mas não podemos baixar a guarda”, alerta.

Sintomas da chikungunya

  • Febre;
  • Dores intensas e inchaço nas articulações;
  • Dor nas costas;
  • Dores pelo corpo;
  • Erupção avermelhada na pele;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor nos olhos;
  • Dor de garganta;
  • Calafrios;
  • Diarreia e/ou dor abdominal (mais comum em crianças).

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