Ceará e outros 11 estados têm aumento de síndrome respiratória por Covid, aponta Fiocruz

Crescimento se concentra em crianças e adolescentes, de acordo com o estudo

Escrito por Redação ,
Enfermeiro aplica teste SWAB em paciente usando máscara azul
Legenda: Nas últimas semanas, o coronavírus foi responsável por 47% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.
Foto: Tiziana Fabi/AFP

Novo boletim Infogripe, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta para alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo coronavírus em 12 estados brasileiros, dentre eles, o Ceará. Na maioria, segundo o estudo, o crescimento se concentra em crianças e adolescentes.

A análise se baseia em dados inseridos pelos estados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, até a última segunda-feira (14). Nesse período, os casos de SRAG provocados pelo coronavírus representaram 47% do total

Constam, também, na lista: Alagoas, Amazonas, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Além disso, 17 capitais apresentam sinais de crescimento de casos na tendência de longo prazo, conforme a Fiocruz, especialmente em crianças. São elas: Fortaleza, Aracaju, Belém, Brasília, Curitiba, Florianópolis, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina..

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Prevenção

Em entrevista ao O Globo, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, disse que o cenário reforça a necessidade de atualização do esquema vacinal contra a Covid-19 e de voltar às medidas preventivas, como o uso de máscara.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, indica a aplicação de duas doses de vacinas em crianças de três a 11 anos; três doses para quem tem entre 12 e 39 anos, e quatro doses para adultos acima de 40 anos. No caso dos adultos imunossuprimidos, a orientação é uma aplicação extra.

"A vacina é muito importante para diminuir o risco de agravamento, mas o seu papel é um pouco menor na transmissão. Por isso, é fundamental que a gente volte a utilizar boas máscaras em situações específicas, ou seja, em transporte público, locais fechados e situações com muita gente em um espaço relativamente pequeno", pontua o cientista.

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