Casos de queimaduras por caravelas alertam para a importância dos primeiros socorros; veja como agir
Corpo de Bombeiros dá instruções de como prevenir acidentes e efetuar os primeiros socorros
A gerente comercial Juliana Barbosa, de 38 anos, estava a passeio com a família e amigos na Praia da Caponga, em Cascavel (CE), quando o filho Pedro Lucas Barbosa Ventura, de 11 anos, sofreu uma queimadura por uma caravela-portuguesa. O caso aconteceu no último domingo (22), por volta das 10h30, e alerta para a importância de saber os cuidados necessários.
Conforme a gerente, o menino estava na parte rasa do mar, quando saiu correndo e começou a chorar. Aos gritos, Pedro Lucas disse aos pais que a perna estava ardendo e que um bicho tinha lhe picado. Foi quando Juliana notou uma coisa estranha no corpo do filho.
Veja também
"Quando eu olhei, tinha tipo uma linha azul nas pernas dele. Eu tirei a linha e vi que tinha uma casca, como se fosse uma casca transparente, que caiu dele também. Aí chorando desesperado de dor", relata a mãe. Após pesquisar, ela descobriu que se tratava de uma caravela-portuguesa
Por falta de conhecimento sobre como proceder com os primeiros socorros, Juliana levou o filho até uma Unidade de Pronto Atendimento. "A gente optou em ir direto para a UPA, para o socorro ser mais rápido, porque era uma coisa que a gente não conhecia, a gente não tinha noção", conta.
CUIDADOS COM QUEIMADURAS POR CARAVELAS E ÁGUAS-VIVAS
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), casos de queimaduras por caravelas e águas-vivas têm sido recorrentes, principalmente na Praia do Futuro, em Fortaleza. O capitão Rodrigo Monteiro Carneiro explica que os dois animais são distintos.
A maior incidência de queimaduras na Praia do Futuro é causada por caravelas, levadas pelos ventos para a areia, especialmente durante o verão, sua época de reprodução. O tamanho do organismo pode variar de 10 a 30 cm. A caravela possui uma textura gelatinosa e apresenta cores que vão do azul ao violeta.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Os principais sintomas após o contato com os animais são:
- Coceira intensa;
- Vermelhidão;
- Marcas lineares na pele;
- Inflamação;
- Queimação;
- Dor;
- Reação alérgica à toxina.
PRIMEIROS SOCORROS
O capitão Rodrigo destaca a importância de estar atento ao ambiente para evitar o contato com o animal. Caso ocorra a queimadura, a dor costuma ser intensa, podendo durar até meia hora.
Para aliviar o sintoma de queimação, o recomendado é lavar o local atingido com água do mar ou soro fisiológico gelado para limpar o ferimento. Também é indicado utilizar vinagre branco para neutralizar a toxina e aliviar a dor. Em casos graves, busque atendimento médico imediatamente.
Não é recomendado usar água doce, porque ela potencializa a queimadura. A vítima também não deve encostar, coçar ou esfregar a área afetada.
COMO PREVENIR
O Corpo de Bombeiros recomenda aos banhistas sempre buscarem áreas protegidas por guarda-vidas. Pergunte ao bombeiro se há presença de águas-vivas e caravelas no local.
Ao avistar os animais, saia da água imediatamente. Os banhistas devem evitar entrar no mar sozinho ou à noite. Também não se deve tocar nos animais, mesmo que estejam mortos.