Atendimentos por síndromes gripais reduzem 40% em uma semana nas UPAs de Fortaleza
Cenário epidemiológico tem mostrado estabilidade na positividade de exames e redução de casos.
Após um início de ano conturbado e com alta demanda, a procura por atendimentos com base em síndromes gripais caiu 40% na última semana, nas 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza monitoradas pela plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Em números gerais, os acolhimentos passaram de 10.245, entre os dias 15 e 21 de janeiro, para 6.101, entre 22 e 28.
No mesmo período, os atendimentos relacionados por Covid-19 foram os principais responsáveis pela demanda, mas diminuíram 36%: de 8.460 para 5.391.
Além disso, os atendimentos motivados por outras doenças, como influenza e outros vírus respiratórios, tiveram uma queda ainda mais expressiva (60%), passando de 1.785 para 710.
Os dados confirmam observação da equipe da Secretaria da Saúde, compartilhada pelo governador Camilo Santana em live, de que o Ceará atravessa um momento de estabilidade de casos de Covid-19, com tendência de queda.
Isso mostra que casos e óbitos estão começando a cair, e reduzindo a gravidade dos casos. Temos também redução na demanda nas unidades de saúde, principalmente postos de saúde e UPAs. Esse é um dado muito importante para nós que acompanhamos os dados da pandemia.
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Gravidade menor
Por causa da estagnação, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 decidiu manter o atual decreto de isolamento social e reabertura econômica para o Ceará, sem alterações.
Apesar da redução, a positividade de casos de Covid ainda está elevada em todo o Estado. Nessa segunda-feira (31), a taxa estava em 48%, de acordo com o IntegraSUS. Ou seja, de cada 100 testes, 48 confirmam a doença.
"Chegamos a quase 60%; 48% ainda é alto, mas mostra uma evolução", ressalta o secretário da Saúde, Marcos Gadelha.
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Só na última semana, mais de 11 mil casos deram positivo, conforme a plataforma. Ainda assim, Camilo também lembrou que a maioria apresenta quadros leves por causa da vacinação contra a doença.
A Sesa também apresentou dados constatando a menor gravidade: em maio de 2020, 25% dos pacientes que chegavam às UPAs precisavam ser transferidos para unidades de saúde de maior complexidade. Em dezembro e janeiro de 2022, com mais de 85% da população do Estado vacinada, esse percentual foi de apenas 4,59%.
Além de buscar a imunização até a dose de reforço, as autoridades de saúde também reforçam o uso de máscaras mais potentes contra a contaminação, como N95 e PFF2, diante da alta transmissibilidade da variante Ômicron.