História da jornalista Marina Alves vai virar filme com lançamento em 2025: ‘Milagres existem’

Produção acontece na TV Verdes Mares e envolverá dramatização, apelo social e todos os ingredientes para o público se emocionar

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(Atualizado às 07:22)
Legenda: Após comover e continuar tocando pessoas em todo o país, agora a história de coincidências, fé e amor de Marina ganhará outro formato
Foto: Arquivo pessoal

Se tem uma certeza que Marina Alves carrega é de que milagres existem. Ela mesma é testemunha. Diagnosticada em agosto de 2021 com um linfoma linfoblástico de células T – tipo de câncer grave que destrói a defesa do organismo – a jornalista da TV Verdes Mares foi internada para iniciar o tratamento com sessões de quimioterapia.

Nesse ínterim, mal sabia das surpresas que a vida preparava. Até então filha única, descobriu aos 32 anos a existência de Lumara, irmã por parte de pai. As duas se encontraram pela primeira vez em um hospital onde Marina estava internada após reação ao tratamento – Lumara trabalhava na unidade como técnica de enfermagem – e o resto é história.

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Após comover e continuar tocando pessoas em todo o país, agora essa trama bonita de coincidências, fé e amor será transformada em filme. Com lançamento previsto para 2025 – ano em que a TV Globo completa 60 anos e a TV Verdes Mares completa 55 – a produção terá dramatização, apelo social e a certeza de que o público vai se emocionar.

“Ainda não sei de muita coisa. O roteirista já entrou em contato, disse que eu poderia participar de todos os processos de produção. Mas, por enquanto, estamos apenas alinhando detalhes da história e estou tentando lembrar de alguns diálogos importantes”, diz Marina, expressamente honrada pela feitura da obra.

Ela conta que há três meses o Diretor de Programação e Entretenimento do Sistema Verdes Mares, Fábio Ambrósio, entrou em contato para falar da possibilidade de a história virar filme. “Confesso que precisei de alguns minutos para acreditar e digerir a grandiosidade daquilo. Me senti feliz, privilegiada e, claro, autorizei a produção”.

Com a Globo aprovando a realização do projeto e o ano de exibição já confirmado, a alegria, claro, triplicou. Marina conta que, nas entrevistas, ela recorda a trajetória e consegue passar detalhes dos fatos, o que certamente fará as pessoas sentirem a emoção de cada momento vivenciado por ela, pela irmã, por toda a família e amigos. “De cenários a diálogos”.

Garra e superação

Fábio Ambrósio reforça a magnitude da iniciativa e especifica que a ideia para o filme nasceu em março deste ano, quando a equipe se reuniu na redação para receber Marina, participante da estreia do podcast “A Vida É Delas”, do Diário do Nordeste. 

“Quando ela chegou, a emoção tomou conta de todos nós e eu falei para o superintendente, Ruy do Ceará, que estava ao meu lado: ‘Isso dá história de novela... ou de filme’. Então, desde aquele momento, começamos a maturar a proposta no time da programação”.

Segundo ele, a produção acontece na Verdes Mares e envolve uma produtora contratada, tendo em vista que a ação quer regionalizar o conteúdo,  além de fomentar o mercado audiovisual, mostrando o talento do Ceará. “Esse é o papel da TV aberta, informar, entreter e emocionar. O roteiro ainda está em finalização, mas a história dela é fantástica”.

Legenda: Marina com a irmã, Lumara: doação de medula óssea salvou a vida da jornalista
Foto: Arquivo pessoal

Garra, superação e, claro, muito amor, serão fatores atrativos para captar a audiência. Soma-se a isso o fato de ser um testemunho de vida real, e a curiosidade para ver como tudo vai ficar só aumenta. Fábio diz não ser possível dar detalhes de tudo, mas adianta ter muito talento cearense envolvido nesse processo.

“A gente acompanha a luta dela diariamente. E a força, a superação que ela tem, vai trazer a identificação com o brasileiro que se supera no dia a dia. Vale lembrar que a situação da Marina contribuiu para que as pessoas se sensibilizassem e fizessem mais doações de sangue. Esse é um tema relevante pra sociedade”.

Antes e depois

Questionada sobre quem era a Marina antes e depois do diagnóstico, a resposta é rápida: a anterior era impulsiva e tinha muita pressa de viver. A de hoje também tem sede de vida, mas consegue levá-la com mais tranquilidade e resiliência. Aprende a valorizar e aproveitar cada instante. A gratidão também é uma característica marcante da “nova” Marina.

“Até hoje as pessoas me param na rua ou me mandam mensagens dizendo que se inspiram na minha história. Muitas contam que viraram doadoras de sangue, de plaquetas e se cadastraram no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) por minha causa, pra tentar me ajudar. E o melhor de tudo: já recebi mensagens de, pelo menos, cinco pessoas que foram compatíveis e doaram medula a partir da minha campanha”.

Legenda: Marina Alves em post nas redes sociais: "O privilégio de ver mais um dia nascer"
Foto: Arquivo pessoal

Não à toa, acredita que ao trazer o assunto novamente à tona, o filme oportunizará que mais pacientes sejam beneficiados. “A ansiedade tá grande. Quero muito que o filme possa inspirar pessoas que estão passando pela mesma luta que passei. Que elas acreditem que tudo é possível e que Deus tem um propósito na vida de cada um”, diz.

“Às vezes a gente não entende isso no começo, mas a fé nos faz fortes e resilientes para suportar o processo. Espero que todos terminem de assistir ao filme tendo a certeza de que milagres existem”.

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