Espaço Cultural Unifor abre exposições que colocam a produção fotográfica feminina e a cultura popular em destaque

Mostras "Imagens em trânsito", "Um oceano dentro de mim" e "Armorial 50" serão abertas ao público nesta sexta-feira (21)

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 20:47)
Sala 'Referências', da exposição Armorial 50, traz vestimentas e outros símbolos do maracatu de Pernambuco
Legenda: Sala 'Referências', da exposição Armorial 50, traz vestimentas e outros símbolos do maracatu de Pernambuco
Foto: Divulgação

O Espaço Cultural Unifor abre, nesta semana, três novas exposições que tratam de temas como memória, identidade e a história da cultura nordestina. O acesso é gratuito e estará aberto ao público a partir de sexta-feira (21), com visitação de terça-feira a domingo. 

Como parte do projeto Trajetórias Artísticas Unifor, iniciativa da Fundação Edson Queiroz, as exposições “Imagens em trânsito: memória, fotografia e identidade”, da fotógrafa cearense Delfina Rocha, e “Um oceano dentro de mim”, da fotógrafa performática e poeta piauiense Jane Batista, radicada no Ceará, destacam a força da produção do Estado nas artes visuais.

Segundo a professora Adriana Helena Moreira, vice-reitora de Extensão e Comunidade Universitária da Unifor, a escolha de trazer exposições individuais de duas fotógrafas “com pesquisas distintas, mas que também se encontram em muitos lugares” parte do interesse de colocar em destaque a produção artística feminina feita no Ceará.

Obra 'Lampejos', de Delfina Rocha
Legenda: Obra 'Lampejos', de Delfina Rocha
Foto: Reprodução/Delfina Rocha

Nas mostras que integram o projeto Trajetórias Artísticas Unifor, os processos curatoriais foram conduzidos por Alexandre Sequeira (Imagens em Trânsito) e Aldonso Palácio (Um Oceano Dentro de Mim).

Fotográfa Jane Batista usa o autorretrato como forma de tratar de memórias coletivas
Legenda: Fotográfa Jane Batista usa o autorretrato como forma de tratar de memórias coletivas
Foto: Reprodução/Jane Batista

Enquanto Delfina se debruça sobre questões como identidade, memórias pessoais e tempo – além de dialogar com ferramentas de inteligência artificial –, Jane tem como ponto de partida as próprias vivências e as memórias coletivas vivenciadas na praia do Titanzinho, onde reside.

“São trabalhos bastante potentes, frutos de pesquisa dessas duas artistas que fazem suas produções, seus processos criativos, aqui no estado do Ceará”, destaca Adriana Helena. “Então, o público também se vê nesses trabalhos, porque são artistas que produzem aqui”, completa.

Veja também

“Armorial 50” retrata parte essencial da história da cultura nordestina

Iluminogravura 'O Sol de Deus', de Ariano Suassuna
Legenda: Iluminogravura 'O Sol de Deus', de Ariano Suassuna
Foto: Reprodução/Ariano Suassuna

Com curadoria de Denise Mattar, “Armorial 50”, é a terceira mostra que será aberta em 2025 e celebra as cinco décadas do movimento artístico criado por Ariano Suassuna. 

A exposição, que já passou por diversas cidades brasileiras e recebeu mais de 420 mil visitantes, chega ao Espaço Cultural Unifor como oportunidade única de ter acesso a obras que contam uma parte importante da história nordestina, muitas delas oriundas de coleções particulares.

Além das 140 obras expostas – que incluem trabalhos de artistas como Ariano e Zélia Suassuna, Francisco Brennand, Gilvan Samico, J. Borges e a cearense Côca Torquato –, o período de exibição também contará com recitais, debates, palestras com os curadores e outras atividades interativas. 

A mostra “Armorial 50” é idealizada por Regina Rosa de Godoy e conta com a consultoria de Manuel Dantas Suassuna e Carlos Newton Júnior. O projeto tem patrocínio oficial da Petrobras e é realizado pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“O Armorial é esse movimento que tem essa potência toda da cultura popular nordestina – brasileira, mas essencialmente nordestina, porque Ariano e toda a turma que estava com ele também são aqui do Nordeste. Então, acho que também é interessante para que as pessoas possam se identificar, conhecer essa cultura que é nossa, que é nossa identidade também”, comenta a professora Adriana Helena, que destaca que a exposição traz “muita cor e exuberância”.

“Acho que aqui no Ceará a exposição ressoa de forma diferente, porque ela vai falar da nossa cultura. É importante que a gente consiga ampliar esse repertório para valorizar o que é que a gente tem de potente e tão bonito, porque muitas pessoas, às vezes, não têm essa compreensão”.

Uma verdadeira aula de história para públicos de todas as idades, a exposição conta com ferramentas de acessibilidade, como objetos táteis, cordéis em braille e audiodescrição.

As três novas exposições seguem em cartaz até 29 de junho e estão abertas para visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h. 

Serviço
Projeto 
Trajetórias Artísticas Unifor: Delfina Rocha – “Imagens em Trânsito: Memória, Fotografia e Identidade” e Jane Batista – “Um Oceano Dentro de Mim”
Onde: Espaço Cultural Unifor (av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz)
Visitação: de terças a sextas, 9h às 19h; sábados e domingos, 12h às 18h
Palestra com artistas e curadores: 25 de fevereiro, às 9h30, no Núcleo Diálogos (piso superior do Espaço Cultural Unifor)
Acesso gratuito

Exposição “Armorial 50”
Onde: Espaço Cultural Unifor (av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz)
Visitação: de terças a sextas, 9h às 19h; sábados e domingos, 12h às 18h
Palestra com artistas e curadores: 21 de fevereiro, às 9h30, no Núcleo Diálogos (piso superior do Espaço Cultural Unifor)
Acesso gratuito

Este conteúdo é útil para você?
Assuntos Relacionados