Senadores, deputados e grupo de oração: veja pedidos de visitas de Bolsonaro na prisão domiciliar
As solicitações foram feitas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF
Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (15), autorização para o ex-presidente receber em casa o relator do Projeto de Lei (PL) da Anistia, o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE).
A defesa do político também pediu ao magistrado permissão para Bolsonaro receber semanalmente o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Informações são da CNN Brasil e do g1.
Os pedidos foram acatados parcialmente por Alexandre de Moraes. Segundo o jornal O Globo, o ministro do Supremo permitiu que a visita de Valdemar ocorra apenas no dia 25 de setembro, e não permanentemente, como solicitado.
Os advogados argumentam que a presença do líder do PL é "essencial" para a coordenação de pautas institucionais e para o planejamento de ações políticas de alcance nacional. Já Marinho precisaria falar frequentemente com o ex-presidente para definir estratégias e acompanhar matérias relevantes para o partido no Congresso.
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Visita de grupo de oração
Nesta segunda-feira, os advogados de Bolsonaro também pediram ao STF autorização para as visitas do líder do PL na Câmara Federal, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), do ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e do senador Wilder Morais (PL-GO).
Também foi solicitada a visita do grupo de oração conduzido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. "Cumpre renovar os esclarecimentos de que esse grupo de oração já se reunia regularmente na residência [de Jair Bolsonaro] antes mesmo da imposição das medidas cautelares", alega a defesa.
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Governador de SP também pediu permissão para visitar Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi outro que solicitou a Alexandre de Moraes autorização para encontrar Bolsonaro.
Se acatada pelo STF, a visita será nesta terça-feira (16). O objetivo seria articular apoio à proposta de anistia ao ex-presidente e aliados.
Condenação
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar um grupo criminoso que orquestrou um golpe de Estado no Brasil. A pena foi decretada pela maioria da Primeira Turma do STF e foi estabelecida em regime inicialmente fechado.
No entanto, o ex-presidente só deverá ser transferido para um presídio comum após o trânsito em julgado do processo. Até lá, ele deve permanecer em prisão domiciliar, imposta em agosto por Alexandre de Moraes, após o político descumprir medidas cautelares.