Sem contato com Ciro, Cid diz que não sabe se irmão irá para o PSDB
Esse retorno do cearense estaria sendo articulado pelo ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB)

Neste sábado (5), durante um evento nos Hospitais Universitários da Universidade Federal do Ceará (UFC), o senador Cid Gomes (PSB) afirmou, em entrevista ao Diário do Nordeste, não ter informações sobre as movimentações do irmão, Ciro Gomes (PDT), para voltar ao PSDB.
“Não sei”, respondeu Cid em meio a risadas. Questionado se tem conversado com o irmão, o parlamentar riu novamente: “Não, não. Tenho não. Não tenho conversado com ele”.
A possível saída de Ciro é ensaiada em meio ao desgaste que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) vem enfrentando. O ex-governador já fez parte do partido tucano, até 1997, no início de sua carreira política.
Conforme a coluna no Diário do Nordeste do jornalista Inácio Aguiar, esse retorno do cearense estaria sendo articulado pelo ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), e já teria recebido aceno do presidente nacional do partido tucano, Marconi Perillo.
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APROXIMAÇÃO COM A OPOSIÇÃO
Em maio deste ano, Ciro Gomes visitou a Assembleia Legislativa do Ceará para café da manhã com deputados estaduais contrários ao Governo Elmano de Freitas (PT).
Durante o encontro, o ex-ministro defendeu a unidade da oposição, disse que "espera poder votar" no deputado estadual Alcides Fernandes (PL), pai de André Fernandes, para o Senado Federal.
A aproximação do político com correntes de direita que demarcam oposição ao Governo Elmano tem gerado críticas. O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Leo Couto (PSB), em entrevista ao PontoPoder, em junho deste ano, disse que a aproximação de Ciro com bolsonaristas é “incoerência” por ele estar “escanteado”.
“O Ciro que vinha por um caminho pautado na democracia, progressista, um discurso de centro-esquerda, agora parece, não quero crer, mas parece por conveniência, por ver que está escanteado, ir para um grupo que vai completamente ao avesso do que ele pensava, do que ele dizia, do que a sua biografia fala”, analisou o parlamentar.