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Julgamento do 'núcleo 2' da trama golpista começa terça-feira (9) no STF

Inquérito sobre tentativa de golpe de Estado já condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
Foto que contém Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF.
Legenda: Silvinei Vasques é um dos investigados do 'núcleo 2' da trama golpista.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa terça-feira (9) o julgamento da ação penal contra seis réus acusados de integrar o chamado 'Núcleo 2' da tentativa de golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022.

Ao todo, os seis réus respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Entre eles está Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele é acusado de coordenar ações em seções eleitorais no Nordeste do Brasil para dificultar o trânsito dos eleitores onde supostamente o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria mais votos.

Além disso, o "núcleo 2" da trama golpista teria sido o responsável pela elaboração da chamada "minuta do golpe", bem como pelo monitoramento e pela proposta de "neutralização" violenta de autoridades.

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Quem são os réus do 'núcleo 2' da trama golpista?

Pela trama golpista, 24 pessoas já foram julgadas e condenadas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso desde 22 de novembro na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. 

Além de Silvinei Vasques, estão entre os réus do "núcleo 2":

  • Fernando de Sousa Oliveira (delegado da PF);
  • Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor internacional da Presidência da República);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência);
  • Marília Ferreira de Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da PF);
  • Mário Fernandes (general de reserva do Exército).

O julgamento deve se estender e só deve ser concluído na próxima semana, em 17 de dezembro. Toda a fase processual já foi concluída, com alegações finais apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela defesa dos acusados.

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