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Edinho Silva diz que Guimarães é o nome do PT ao Senado no Ceará: 'Ouvi do próprio ministro Camilo'

Para Camilo, Guimarães "merece todo o espaço de ser candidato"

Escrito por
Ingrid Campos ingrid.campos@svm.com.br
Imagem mostra um grupo de oito homens adultos que posam sorrindo para a foto em frente a um painel com logomarcas do PT (Partido dos Trabalhadores) e da Direção Estadual do PT Ceará. Todos os adultos estão apontando com os dedos para Camilo e Edinho, que estão ao centro. Ambos vestem camisas claras com adesivo de campanha número 380. Alguns também usam adesivos com os números 180 e 380. Há uma garrafa d’água e dois celulares sobre a mesa. O clima é descontraído e informal.
Legenda: Plenária do PT ocorreu na noite desta sexta-feira e reuniu lideranças do partido.
Foto: Ingrid Campos

Em Fortaleza, Edinho Silva, candidato à presidência nacional do PT, comentou sobre as eleições de 2026 e a pretensão de ter o deputado federal José Guimarães como candidato ao Senado pelo PT, com aval do ministro Camilo Santana (PT). Ele participou, nesta sexta-feira (4), de plenária no Processo de Eleições Diretas (PED), a última antes do pleito geral para definir o novo comando da sigla petista, no domingo (6).

"Eu ouvi do próprio ministro Camilo que o nosso deputado federal e líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães, é o nosso candidato a Senado aqui no Ceará, então nós partimos desse debate, que o Guimarães é o nosso candidato ao Senado. A partir daí, claro, ouvindo e valorizando os nossos aliados, vamos compor a tática eleitoral", disse Edinho à imprensa na ocasião.

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O candidato ao PT Nacional também pontuou o caráter "fundamental" e "decisivo" de Guimarães na construção da sua campanha, especialmente para a unificação da corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), que é a tendência de Edinho. O deputado, por sua vez, reforçou o alinhamento, que possibilitou a construção necessária para as postulações apoiadas pelo deputado em escala local. Antônio Filho, conhecido como Conin, e Antônio Carlos são os nomes defendidos por Guimarães para os diretórios estadual e municipal (de Fortaleza) do PT, respectivamente.

"Eu não me pertenço sozinho, estou entregue ao projeto nacional e estadual do PT – o Edinho sabe disso. [...] Eu nunca deixei de atender aquilo que o PT considera que é fundamental. Portanto, eu estou à disposição do PT, como eu digo, com coração quente e cabeça fria, para enfrentarmos a disputa de 2026 aqui no Ceará", declarou o deputado.

Camilo comenta

A entrevista coletiva começou com a presença de José Guimarães, Conin e Edinho. O ministro Camilo, mencionado pelo candidato nacional, chegou pouco antes de a plenária ter início, na noite desta sexta-feira.

Questionado sobre diálogo com outros partidos para a montagem de chapa ao Senado – inclusive da oposição, como o União Brasil –, o ministro afirmou que cada partido tem direito de apresentar seus nomes, "como o PT tem o nome de Guimarães, como o PSB tem o nome do Cid Gomes".

"Guimarães é um grande companheiro, um grande nome, merece todo o espaço de ser candidato", disse Camilo, ainda, pontuando que a definição será feita posteriormente. 

Quem são os candidatos ao PED?

Adriana Almeida - Ceará

Vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida concorre à presidência do PT Ceará pelo Campo de Esquerda. Ela irá concorrer, no dia 6 de julho, com o número 390, com apoio da deputada federal Luizianne Lins (PT)

Como candidata, ela pretende aproximar o PT das bases, da militância, e citou, por exemplo, o número de filiações recebidas pelo partido nos últimos meses. Além disso, indicou que a meta é fortalecer as gestões petistas – tanto o Governo do Ceará, sob comando de Elmano de Freitas, como a Prefeitura de Fortaleza, administrada por Evandro Leitão. 

Antônio Filho (Conin) - Ceará

Após passagens pelas gestões de Acopiara, Cariús e Cascavel, além do Consórcio de Saúde Pública de Canindé e da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e Câmara dos Deputados como assessor parlamentar, Conin assumiu a presidência estadual do PT em janeiro de 2019. 

Desde então, Conin conduziu a sigla em duas eleições municipais e uma geral, período em que o PT ampliou sua força no Ceará, chegando ao segundo maior número de prefeituras do Estado, retomando o comando da Capital e seguindo na liderança do Governo do Ceará. Recentemente, ele deixou a Secretaria Regional I para concorrer novamente à presidência do partido, com apoio de Guimarães, do governador Elmano de Freitas e de Camilo.

Antônio Carlos - Fortaleza

Ex-deputado estadual, Antônio Carlos é o candidato do Campo Popular e concorre sob o número 560. Dentro do partido, atuou em diferentes cargos, como secretário-geral e vice-presidente. Ao PontoPoder, em maio, ele citou como metas "fortalecer o partido e fazer a defesa do nosso projeto". 

Antônio lembrou, ainda, da relação do PT com Fortaleza, vindo desde a eleição de Maria Luiza Fontenele em 1985, passando pelos dois mandatos de Luizianne Lins e chegando a gestão de Evandro Leitão. 

Eudes Baima - Fortaleza

Professor da Universidade Estadual do Ceará e militante histórico do PT, Eudes Baima foi lançado como candidato pelo Diálogo e Ação Petista (DAP) com o número 510. Ele pontua que a candidatura é "produto de um movimento nacional", com outros nomes sendo lançados em todo o país. 

"A nossa proposição é de alterar a política que o partido vem implementando", resume. Em Fortaleza, por exemplo, uma das defesas é pela revogação da Reforma da Previdência, que haja uma valorização dos serviços públicos, com a diminuição da gestão de equipamentos públicos por entidades privadas e pela desmilitarização da Guarda Municipal. 

Mari Lacerda - Fortaleza

Vereadora de Fortaleza, Mari Lacerda foi indicada como candidata pelo Campo da Esquerda, com o número 590. Ela explica que a candidatura é para "fazer a defesa do partido como instrumento ainda totalmente conectado com as lutas sociais da classe trabalhadora". 

Ela cita o processo de filiação realizado no PT, principalmente nos meses que antecederam o prazo para participar do PED. "Nós queremos uma militância que venha e defenda as bandeiras do partido, que inclusive resista aos momentos difíceis que o partido passa", continua ela, citando como exemplo o período em que o presidente Lula esteve preso e a atuação da militância nesse momento. 

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