Secretaria instala memoriais em locais ligados à ditadura militar no Ceará
Mais de 30 locais devem ser contemplados em 2026.
A Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) iniciou nesta terça-feira (9) a instalação de placas do projeto “Lugares de Memória”, que visa a instalação de placas em locais de memória do período da ditadura militar. A primeira foi instalada em sala da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Conforme a reportagem "'Percursos da Memória': projeto resgata a história de locais ligados à ditadura militar no Ceará", veiculado no Diário do Nordeste, em agosto deste ano, esses lugares ajudam a contar um pouco da história do período ditatorial vivenciado pelo Brasil entre 1964 e 1985.
"Sala onde funcionou o Serviço Nacional de Informações (1971 – 1986) no âmbito da Universidade Federal do Ceará. Sítio vinculado as ações de inteligência no período da ditadura civil militar (1964 – 1985)."
Segundo a Sedih, o eixo Memória, Verdade e Justiça da Secretaria dos Direitos Humanos atua com objetivo de trazer à tona a história do período da ditadura militar no país, a partir da construção de uma política estadual de preservação da memória e reconstrução da verdade.
O planejamento da pasta é que em 2026 sejam instaladas as demais placas desse projeto, contemplando mais de 30 locais.
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MOTIVAÇÃO
O protocolo de intenções “Memória e Verdade”, com o objetivo de criar lugares de memória da ditadura militar no Ceará, foi assinado em 2023, pelas secretarias da Cultura (Secult), dos Direitos Humanos, de Educação e Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, por meio da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania.
A época, a Secult informou que a criação de lugares de memórias atende às recomendações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e insere-se no movimento nacional de retomada do debate em torno da importância de preservação dos direitos humanos.
Os lugares de memória, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), são todos aqueles lugares onde foram cometidos graves violações dos direitos humanos.
Onde se sofreu ou resistiu a essas violações, ou que, por algum motivo, vítimas ou comunidades locais consideram que o local pode lembrar desses eventos, e que são usados para repensar, recuperar e transmitir sobre processos traumáticos, e/ou honrar e reparar as vítimas.