Como eleitores de Lula e Bolsonaro avaliam punições aos envolvidos em atos terroristas em Brasília
Pesquisa realizada pelo Instituto Opnus entrevistou mil pessoas e tem nível de confiança de 95%
Eleitores cearenses do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão divididos quanto à punição dos responsáveis pelos atos terroristas em Brasília no último domingo (8). Enquanto 49% consideram que os responsáveis pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes devem ser presos, 48% dizem que os vândalos não devem ser detidos.
O número é bem diferente entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Ceará. Entre os apoiadores do petista, 93% consideram que os responsáveis pela invasão devem ser presos.
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Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Opnus nesta segunda-feira (9). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%. Foram entrevistadas mil pessoas por telefone (fixo e móvel).
No último domingo, um grupo de pessoas invadiu o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal. Os vândalos destruíram não apenas partes da estrutura dos prédios públicos – como janelas e portas –, como obras de arte, objetos que integram o patrimônio histórico do Brasil e equipamentos, como computadores e impressoras.
Ainda estão sendo feitas estimativas de quanto será necessário para recuperar tudo o que foi destruído pelos invasores, mas os valores podem ultrapassar os R$ 10 milhões.
Contra os atos terroristas
Apesar dos percentuais bem diferentes com relação à punição aos invasores, tanto eleitores de Lula como de Bolsonaro condenam, em sua maioria, os atos terroristas.
O número converge com a opinião dos entrevistados pelo Instituto Opnus no Ceará. Conforme detalhado pelo colunista Wagner Mendes, 86% dos cearenses são contrários à invasão.
Entre os apoiadores de Bolsonaro, 67% são contrários aos atos terroristas, enquanto 23% são favoráveis.
Já entre os cearenses que votaram em Lula, 95% é contrário ao que ocorreu em Brasília.