Campo de Esquerda decide disputar direção do PT e espera diálogo com Elmano e Evandro: 'a gente quer a unidade'

Eleição no PT está marcada para o dia 6 de julho e deve definir novas direções no Ceará

Escrito por
Wagner Mendes wagner.mendes@svm.com.br
Legenda: Partido vai definir novos dirigentes em julho
Foto: André Lima/Erica Fonseca/CMFor

O grupo denominado Campo de Esquerda, no PT do Ceará, que tem a deputada federal Luizianne Lins como líder, decidiu, no último domingo (23), lançar candidatura para o Processo de Eleição Direta (PED) da legenda, com eleição marcada para o dia 6 de julho. É através do PED que a sigla define as presidências estadual e municipal.

Três lideranças ouvidas pela coluna, e que integram o grupo, defendem a participação na disputa como forma de debater os rumos do partido, em meio à onda de filiações nos últimos meses, e refutam a pecha de "oposicionistas" dentro da agremiação.

"Não é uma candidatura para ser contra ou a favor de alguém, não é isso. É uma candidatura para dialogar, para fazer o debate", diz Liliane Araújo, vice-presidente do PT Fortaleza.

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Para o Campo, não há impedimentos, inclusive, para sentar e conversar com o governador Elmano de Freitas (PT) nem com o prefeito Evandro Leitão (PT) para avançar na questão.

"A gente quer, inclusive, dialogar com o prefeito, com o governador, quer que eles olhem para os nossos nomes porque nossos nomes têm total capacidade de fazer a defesa dos nossos projetos. Nós queremos dialogar porque se fala muito assim, em uma tentativa de interdição do debate, que já tem o nome do governador, que deve ser o nome do governador. Nós queremos, sim, dialogar com as correntes, com o prefeito, com o governador", argumentou a vereadora Mari Lacerda (PT). 

Como uma maneira de evitar o isolamento político, como ocorreu no processo de escolha da candidatura do partido nas eleições do ano passado, o caminho traçado pelo grupo é abrir o diálogo com as demais correntes petistas ligadas ao ministro Camilo Santana (PT).

"Se fala muito em unidade como se nós do Campo de Esquerda não quiséssemos a unidade. E a gente quer a unidade, sim. Nós estamos colocando nomes para que a gente possa ter uma unidade com as outras correntes, com os outros setores. E esses nomes colocados são para construir isso, esse diálogo, essa unidade em torno do partido", defende a vereadora Adriana Almeida (PT).

Os nomes

Entre os nomes ventilados para a empreitada, o grupo cita o da deputada federal e ex-prefeita, Luizianne Lins, das vereadoras Adriana Almeida e Mari Lacerda, da vice-presidente do PT Fortaleza, Liliane Araújo, além da jornalista Wládia Fernandes, do secretário Waldemir Catanho e do militante Paulo Assunção.

"Nacionalmente, nossas correntes estão lançando, estão apoiando candidaturas e querem dialogar com o Lula, por que que nós aqui seríamos diferentes? Então acho que isso também é importante deixar destacado porque fica sempre parecendo que nós estamos fazendo um racha ou sempre estamos no lugar de oposição ou como se as ideias que a gente apresenta elas não tivessem base sólida de sustentação", diz Mari Lacerda.

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