'Nada se descarta, mas o próprio Ciro não se mostra disposto', diz André Figueiredo sobre candidatura presidencial
Ex-presidenciável se reuniu com a bancada do PDT na Câmara dos Deputados nesta semana

Após três candidaturas à presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) "não se mostra disposto" a concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2026. A fala é do deputado federal André Figueiredo (PDT). Ele e os demais deputados federais que integram a bancada do PDT na Câmara dos Deputados estiveram reunidos com Ciro Gomes na última terça-feira (25) em Brasília.
O jantar, realizado na casa do líder do PDT na Casa, Mário Heringer (PDT-MG), teve como foco discutir a conjuntura política e econômica do País — por coincidência, foi realizado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de André Figueiredo, também participaram os deputados cearenses Leônidas Cristino (PDT) e Mauro Filho (PDT).
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Segundo André Figueiredo, "por mais que alguns companheiros externem a vontade", Ciro não parece ter disposição para voltar a concorrer a presidente. Contudo, em um cenário cercado de indefinições, "nada se descarta", acrescenta o deputado cearense.
"Nós estamos evidentemente na base do presidente Lula (PT) e precisamos discutir, daqui mais pra frente, como é: se o Lula realmente vai ser candidato à reeleição, (...) se tá aberto dentro do bloco pra se discutir quem será o candidato caso o Lula não seja candidato", diz. "Tem muita coisa indefinida".
Figueiredo diz que tudo tem sido discutido com o presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi. Ele está, desde o início do Governo Lula, como ministro da Previdência. "Ele, inclusive, não pode ir porque teve uma reunião do Conselho da Previdência. Mas tudo que nós fazemos está dialogado com ele. E a presença do Ciro nesse jantar foi justamente para que nós pudéssemos ver a avaliação que ele faz tanto da conjuntura política quanto da conjuntura econômica do nosso País", explica.
Ainda sobre a possibilidade de Ciro ser candidato, André Figueiredo relembra a disputa de 2018 — quando Lula estava preso e, por isso, não pôde ser candidato. "Todos nós sabemos que o Ciro poderia, em 2018, ter sido um grande presidente do Brasil, caso o próprio PT tivesse apoiado", pontua. Mas acrescenta que "não é momento de olhar para o retrovisor" e que o foco é garantir que o Brasil "não dê passos para trás".