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Collor é transferido para presídio em Maceió; defesa de ex-presidente tenta prisão domiciliar

O pedido de prisão domiciliar foi encaminhado para análise da Procuradoria-Geral da República

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Redação producaodiario@svm.com.br
Fernando Collor é um homem branco de cabelo grisalho. Na foto, ele está de terno preto, camisa social branca e gravata azul, para matéria sobre ex-presidente ser transferido para presídio em Maceió
Legenda: Fernando Collor foi condenado em 2023 por corrupção e lavagem de dinheiro
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O ex-presidente Fernando Collor, 75, preso na madrugada desta sexta-feira (25) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou a sede da Polícia Federal em Maceió nesta tarde e foi transferido para a ala especial do presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira.

Segundo o G1, o político deve ficar em regime fechado e em uma cela individual. Ele foi preso hoje após ter sido condenado em 2023 em um processo derivado da Operação Lava Jato. A pena é de oito anos e dez meses, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A transferência para uma ala especial da penitenciária foi autorizada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes após audiência de custódia. Na sessão, Collor pediu para ser mantido preso em Alagoas e não ser transferido para Brasília.

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Antes disso, a defesa do ex-presidente já havia solicitado ao STF a prisão domiciliar, uma vez que o ex-presidente tem idade avançada e teria "comorbidades graves", como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.

Diante desse cenário, Moraes decidiu que a direção do presídio de Maceió informe, em 24 horas, se tem as condições necessárias para tratar a saúde do ex-mandatário, e encaminhou a solicitação de prisão domiciliar para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Entenda a condenação de Collor

Collor foi denunciado ao STF em 2015 pela PGR, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça.

À época, o órgão afirmou que o ex-presidente recebeu R$ 26 milhões de propina entre 2010 e 2014 por ter intermediado contratos firmados pela BR Distribuidora, que era vinculada à Petrobras. Os contratos diziam respeito à revenda de combustíveis, programas de milhagem e outros.

Collor usava sua influência na BR Distribuidora para beneficiar algumas empresas e, em troca, recebia "comissão" pelos contratos firmados.

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