O presidente eleito Lula (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22), mais uma leva de ministros para o seu governo. Entre eles, Aparecida Gonçalves, a Cida, que passará a chefiar o Ministério da Mulher a partir do próximo ano. Ela esteve na equipe de transição do petista na área de políticas públicas contra a violência de gênero.
Esta não é a primeira vez que Cida assume um cargo no Executivo Nacional. Durante as gestões anteriores de Lula e Dilma Rousseff (PT), ela foi secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Antes disso, foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no governo de Mato Grosso do Sul, entre 1999 e 2000. Também foi assessora da Coordenadoria de Atendimento a Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social Cidadania e Trabalho, de 2001 a 2002.
Na organização popular, Cida também tem vasto currículo. Ela coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil. Integrou, em diversos momentos, a Direção Nacional e também do Mato Grosso do Sul, onde mora atualmente, apesar de ser paulista. Sua militância é forte no movimento feminista, que embasou a sua carreira acadêmica.
Cida tem experiência como consultora em políticas públicas para o enfrentamento da violência doméstica e dá workshops a gestões municipais e estaduais para guiar ações na área.
Na política partidária, a nova ministra se candidatou pelo PT ao cargo de deputada constituinte, em 1986, e foi a única mulher a disputar esse espaço. Ela também foi candidata a vereadora, nos anos de 1988 e 2000, pelo mesmo partido no Mato Grosso do Sul.