Shoppings e restaurantes funcionam com horário estendido a partir desta segunda (7) no Ceará

Ambas as atividades poderão atender os consumidores até às 22h em quase todo o Estado, com exceção do Cariri

Escrito por Redação ,
Estabelecimentos comerciais devem seguir protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19
Legenda: Estabelecimentos comerciais devem seguir protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19
Foto: Camila Lima/SVM

A partir desta segunda-feira (07), passa a valer o novo decreto estadual de isolamento social no Ceará. Conforme anúncio do governador Camilo Santana, na última sexta (04), o funcionamento dos shoppings e restaurantes será estendido em uma hora. Confira o horário de atendimento de cada atividade.

O comércio em empreendimentos pode funcionar das 12h às 22h a partir dessa semana, enquanto as lojas de rua permanecem com funcionamento de 10h às 19h.

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Os estabelecimentos de alimentação fora do lar poderão receber clientes entre 10h e 22h com capacidade máxima de 50%. O toque de recolher permanece em vigor das 23h às 5h.

Os horários valem para todo o Estado, com exceção do Cariri, que segue com restrições por precaução, conforme justificou o governador.

Aumento de vendas

A ampliação do funcionamento do comércio em shoppings agradou os representantes do comércio, que veem possibilidade de aumento de vendas e maior segurança para atender o contingente de consumidores que devem ir às compras em função do Dia dos Namorados.

Para Assis Cavalcante, presidente Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), a expansão gera ainda mais consumo para os shoppings por causa dos restaurantes localizados nesses centros comerciais.

Já o presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Luiz Gastão Bittencourt, pondera que a medida é boa tanto para empresários quanto para consumidores.

“Quando você amplia, você distensiona e gera menos aglomeração. Gerando ainda alternativas de horários para os consumidores”
Luiz Gastão Bittencourt

Eventos corporativos

O decreto ainda permite a volta dos eventos corporativos a partir do dia 14 de junho. Em espaços abertos, a capacidade máxima autorizada é de 50 pessoas, enquanto o limite diminui para 30 participantes em espaços fechados.

O protocolo também exige que as pessoas apresentem teste negativo para Covid-19 (exame de antígeno ou RT-PCR) até 48 horas do evento ou comprovante de aplicação das duas doses da vacina.

Participantes e organizadores ainda devem observar protocolos básicos, como o uso de máscara e o distanciamento.

A retomada deve permitir a volta de 30% do setor, conforme estimativa da presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane Teles. Ela lembra que o tipo de evento autorizado é o que possui controle mais fácil, elevando a segurança sanitária.

“Nos eventos corporativos, a gente consegue dar mais controle e segurança para os participantes. Não pode haver bebida alcoólica, música”
Circe Jane Teles
Presidente do Sindieventos-CE

Segundo Teles, devido às paralisações, aos cancelamentos e aos adiamentos do último ano, o setor acumulou uma receita negativa em torno de R$ 246 milhões, o que fez com que a maioria das empresas, para se manter, tivessem de cortar em 52% seu quadro de pessoal.

A presidente disse ainda que o setor já estava fazendo “eventos-teste” como planejamento de um retorno híbrido ou presencial. Ainda assim, ela afirmou que os empresários estão conscientes de que as atividades não devem voltar à “normalidade” pelo menos até o fim do ano.

“Temos condições de planejar a retomada somente depois do fim do ano, creio, sendo bem realista. Vai ser uma gradação. As empresas ainda têm muita dívida a pagar”.

Outro setor que deve ser impactado com a liberação inicial dos eventos é a rede hoteleira, que já havia demandado ao Governo do Estado a realização desses pequenos eventos nos salões dos hotéis.  

“É o começo de um destrave para a área dos hotéis, mesmo sendo reduzido. Existe demanda e é uma boa forma para a gente começar a ter mais movimento. É mais um passo, não sou a favor de passos muito largos para não haver retrocesso”, ressalta Régis Medeiros, presidente Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE).  

O presidente explica que a medida não gera tanta ocupação a mais, mas ocasiona uma maior movimentação nessas empresas. “A utilização desses salões é mais uma fonte de receita que estava parado”.  

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