Setores ainda aguardam contato do Estado para reunião sobre reabertura
Encontro com setor produtivo para discutir retomada ainda não foi marcado. Empresários deverão aproveitar ocasião para apresentar dados sobre a realidade atual de cada setor durante a pandemia
Os setores da economia ainda estão aguardando uma sinalização do Governo do Estado sobre a primeira reunião para tratar sobre o plano de reabertura da economia. Após o anúncio do governador Camilo Santana de que o processo de retomada depois do lockdown seria iniciado no dia 12 de abril, empresários têm esperado a marcação de um encontro para discutir o assunto, mas ainda não há previsão.
A previsão é de que uma reunião entre o Estado e as entidades representativas empresariais possam acontecer ainda nesta terça-feira (6), mas não há confirmação. Tudo dependeria da agenda do governador.
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Contudo, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, afirmou que ainda espera um chamado oficial do Estado. Segundo ele, a previsão é de que haja uma reposta concreta a partir da próxima quarta-feira (7) sobre uma possível reunião.
Diálogo com o comércio
Filizola comentou que o diálogo entre o Estado e o setor produtivo é fundamental nesse momento para que os empresários possam apresentar a realidade dos negócios neste momento.
"É importante que o Governo possa ouvir a demanda do empresariado. Mas ainda estamos aguardando o chamado oficial. Devemos ter alguma previsão a partir da próxima quarta-feira", disse.
A opinião foi corroborada pelo presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro. Ele defendeu que o Estado projete um plano estratégico completo para manter a econômica estável durante a pandemia, ouvindo os pleitos dos empresários.
Ele também comentou que o o plano de retomada aplicado pelo Estado em 2021 deverá seguir o mesmo modelo do ano passado, com liberações graduais para tentar manter os indicadores de saúde sob controle.
"Pelo que eu entendo, deverá ser igual ao ano passado. Eles não confirmaram como será para cada setor, mas deve ser igual a 2020, com liberações graduais para tentar controlar os dados da pandemia, mas precisamos pensar um plano completo ouvindo os empresários, porque essa pandemia não deverá acabar no curto prazo", ponderou Freitas.
Aguardando contato
Já o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Taiene Righetto, afirmou que ainda não houve contato por parte do governo do Estado para um encontro com representantes do segmento. Ele comentou que o setor de alimentação fora do lar ainda aguarda uma data para a reunião, mas que o plano deverá ser apresentado aos empresários nessa semana.
."Essa semana deveremos ter reuniões com o governo pre definir isso. Vamos saber tudo isso essa semana. Ainda não foi marcado a reunião, mas ontem mesmo pedi uma data ao Governo", disse
A situação é semelhante para o setor de eventos, segundo Circe Jane Teles, presidente do Sindicato das Empresas organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos-CE).
"Com esse prolongamento do decreto de isolamento rígido, o setor de eventos permanece paralisado. Mas mão tivemos nenhuma reunião com o Grupo de Trabalho (do Comitê da retomada). A Fecomércio fez a interlocução e solicitou a abertura", disse.
Retomada aguardada
Quem também espera a aplicação do plano de retomada, mesmo sem ter tido paralisações neste ano, é o setor de hotelaria. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (Abih-CE), Régis Medeiros, o setor não espera um contato direto do Estado sobre o novo plano de reabertura.
Ele explicou que, como os hotéis seguem funcionando, os empresários não estão aguardando contato para reuniões, mas o plano de retomada está sendo aguardado para que os empreendimentos possam receber mais hóspedes. Com o lockdown durante a Semana Santa, Régis afirmou que o número de turistas nas praias do Ceará caíram.
"Não aguardamos um contato do Governo do Estado porque, de fato, nós não paramos, mas o plano de retomada seria um ponto positivo para o nosso setor", disse Medeiros.