Quem é a empresa norueguesa que vai investir R$ 9 bilhões no Ceará?

Projeto deve empregar mil pessoas na construção e 100 na operação

Escrito por Redação ,
ZPE Pecém
Legenda: Novo pré-contrato assinado prevê planta de produção de amônia verde por empresa norueguesa
Foto: Fabiane de Paula

A empresa norueguesa Fuella AS assinou esta semana, um pré-contrato de R$ 9 bilhões, com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e o Governo do Estado do Ceará para a instalação de uma indústria de hidrogênio verde (H2V) e amônia. Com essa iniciativa, já são sete os pré-contratos firmados no Estado - somando investimentos de US$ 24 bilhões - visando produzir H2V e 40 memorandos de entendimento.

A planta terá capacidade de produzir 400 mil toneladas por ano e será instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE). A intenção é de que toda a produção seja enviada para o mercado externo. Ao todo são projetados mil empregos na construção do local. Na fase de operação a previsão é de 100 empregos de alta qualidade.

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A norueguesa foi uma das sete empresas vencedoras do primeiro leilão do Banco Europeu de Hidrogênio da história e já está construindo uma planta de H2V na Europa. No processo, a Comissão Europeia concedeu apoio financeiro de 720 milhões de euros às vencedoras. Além disso, como investidor de seus projetos tem a Allianz Capital Partners, do grupo Allianz, uma das principais seguradoras, gestoras de ativos e investidores do mundo, com sede na Alemanha.

O diretor-geral de Negócios e Desenvolvimento Corporativo da Fuella, Thorsten Helms, destacou o protagonismo do Estado, em relação ao processo de transição energética, como ponto fundamental para a parceria firmada.

“Estamos muito convencidos que este é um dos melhores lugares no mundo para produzir amônia verde. Por isso, estamos muito orgulhosos e mal podemos esperar para começar os trabalhos e agradecemos por confiarem na gente”.

Assinatura pré-contrato, governador Elmano de Freitas e representantes da Fuella AS
Legenda: Assinatura pré-contrato, governador Elmano de Freitas e representantes da Fuella AS
Foto: Carlos Gibaja/Casa Civil

Já o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, pontuou a satisfação pelo momento. “Essa é uma empresa que está participando fortemente do mercado de Hidrogênio Verde no mundo, e vem aqui para fortalecer o nosso Hub e garantir que possamos oferecer um conjunto de soluções da cadeia de H2V. Não só para o mercado externo, mas também fortalecer o nosso mercado interno”, concluiu.

O governador Elmano de Freitas enfatizou a importância dessa assinatura para o momento do Estado, que está na vanguarda da produção de H2V no País. “Esse pré-contrato é muito importante e deve, com dois anos desenvolver os seus projetos e em três anos construir a usina para a produção de amônia verde em grande escala no Ceará”, explicou o governador.

O que a Fuella AS já planeja para a Noruega

Conforme o site da empresa, o projeto Skipavika é um dos primeiros de amônia verde em grande escala da Europa. Com previsão de entrar em operação em 2026, a iniciativa conta com a parceria da Skipavik Næringspark e será projetado e construído pela Casale, líder global no campo de plantas de amônia.

Localizado na Noruega, nas proximidades do Mongstad bas (importante centro para a indústria de petróleo e gás), o projeto produzirá até 100 mil toneladas de amônia verde por ano (300 toneladas diárias), usando apenas recursos renováveis, como energia eólica e hidrelétrica, a fim de substituir a amônia à base de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de carbono.

A empresa ainda apresenta em seu site um "segundo projeto planejado", o Korgen, sem data para iniciar a construção ou produção, também localizado no país europeu. Este teria capacidade de produção diária de 600 toneladas métricas por dia ou 200 mil toneladas de amônia verde por ano.

 

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