Ministério Público Federal abre investigação sobre compra do Banco Master pelo BRB; entenda

Atuação do Banco Central na transação será acompanhada

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 13:52, em 10 de Abril de 2025)
Fachada do Ministério Público Federal do Distrito Federal, em Brasília, para matéria informativa sobre a compra do Banco Master pelo BRB
Legenda: Se comprovada as possíveis irregularidades na compra do Banco Master pelo BRB, o Tribunal de Contas do DF será acionado.
Foto: Divulgação / MPDF

O Ministério Público Federal do Distrito Federal instaurou uma notícia-crime para investigar se houve crime contra o sistema financeiro nacional na compra do Banco Master pelo banco estatal Banco de Brasília (BRB). A etapa é apenas o início da investigação, assim como a tomada de informações preliminares.

A transação de compra ocorreu no fim do mês passado e consiste na aquisição de 58% do Banco Master pelo BRB, com os valores de aquisição ficando entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. Para os procuradores, a operação é complexa, o que levanta indícios de possíveis irregularidades.

O MP do Distrito Federal quer esclarecer os detalhes da compra, e pediu acesso aos documentos relacionados ao processo administrativo de compra, como o possível envolvimento de políticos e partidos na operação. Se confirmada as suspeitas de crime, o órgão irá acionar o Tribunal de Contas do DF. 

O Banco Central já deu aval à compra, mas sua atuação será acompanhada pelo MP, já que está previsto nas obrigações da autarquia a aprovação da operação.

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Compra polêmica do Banco Master pelo BRB

Desde que o negócio foi anunciado, a transação foi colocada sob suspeita, pois o Banco Master possui uma política agressiva na captação de recursos, segundo pessoas ligadas ao sistema bancário e financeiro.

A financeira oferece rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira, o que seria bastante superior às taxas médias para bancos pequenos, como é o caso do Master, e que ficam em torno de 110% a 120% do CDI.

A desconfiança em relação ao Master aumentou após a tentativa de realizar uma emissão de títulos em dólares, que falhou na captação dos recursos, e que as operações do banco com precatórios - títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva - também aumentaram dúvidas sobre a solidez da financeira.

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