Quais devem ser os primeiros compradores do hidrogênio verde do Ceará?

Líder da Fortescue no Brasil, Luis Viga vê cenário positivo para projetos saírem do papel. Preço ainda é desafio

Legenda: Luis Viga, durante o Pro Energia Summit 2024
Foto: George Lima

O country manager da Fortescue no Brasil e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde, Luis Viga, projeta que Alemanha e Japão deverão estar entre os primeiros importadores da energia a ser produzida no hub de hidrogênio do Ceará, no Pecém.

"No curtíssimo prazo, Alemanha e Japão, porque eles têm uma necessidade muito urgente desse produto, desde que o preço seja bom para eles", diz Viga, em entrevista exclusiva a esta Coluna durante o Pro Energia Summit, em Fortaleza.

Confira entrevista na íntegra

Segundo o executivo, num segundo momento, quando o preço do hidrogênio cair, começarão a surgir os clientes nacionais. "Eu acho que no futuro a gente vai estar falando de 50% de nacional e 50% estrangeiro", projeta.

"Há quatro anos, não tinha ninguém interessado em hidrogênio no Brasil. Hoje já tem muitas empresas. Inclusive, a ArcelorMittal está vendo o potencial de produtos diferenciados. Além disso, empresas de fertilizantes, de mineração. O desafio ainda é o preço. Todo mundo quer fazer. É o certo a fazer. Mas estão tentando encontrar a viabilidade econômica"

Viga reforçou que as obras de terraplanagem da planta de hidrogênio da companhia australiana no Pecém devem ser iniciadas ainda neste ano, embora não tenha fornecido previsão de data.

 

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